Um homem de sorte: Cuca desabafa após título

A fama de "azarado" ficou no passado. Um jogo, apenas, bastou para Cuca apagar uma marca que o seguiu durante boa parte de sua carreira como treinador. Hoje, o técnico do Atlético é o campeão sul-americano, e todos gostariam de estar em seu lugar.

"Estou anestesiado. É muita emoção, muita pressão, muita responsabilidade que vem. Diziam que o Atlético é sofrido, que é azarado. E eu também. Agora quebramos isso aí, não tem mais azar. Não tem mais azar p... nenhuma", explodiu Cuca, com a emoção da maior conquista da carreira.

Na verdade, foi preciso muita competência e, porque não, alguma sorte. Afinal, foi com um defesa de pênalti no último minuto que Victor salvou o clube contra o Tijuana, nas quartas. Foi nos pênaltis que o Galo avançou nas semi e na final. O mínimo erro poderia significar a eliminação. Mas o complexo passou. O Atlético está no topo das Américas, assim como Cuca.

"É na dificuldade que você vê a sua capacidade de superação. Tomamos um gol lá aos 48 minutos do segundo tempo. Se acha um culpado lá, não ganha aqui aos 43 minutos do segundo tempo. Depois daquele jogo administramos, peguei a parte mais dura da derrota e dividimos, e os mesmos jogadores que perderam lá deram a volta por cima. Falavam que era 'cavalo paraguaio' e 'morre na praia'. Nós quebramos todos esses protocolos", completou Cuca.

 "Chegar em uma final de Libertadores é para poucos, ganhar é para menos ainda", finalizou.

Nesta quinta-feira, Cuca pode dizer - todos gostariam de estar em seu lugar. Azar dos outros, afinal, hoje ele é um homem de sorte.