A longa história de Gianluigi Buffon defendendo a camisa da seleção italiana terminou de forma melancólica. O melhor goleiro do mundo, eleito pela Fifa, estava no ataque tentando um improvável gol contra a Suécia. A bola não entrou, e o árbitro apontou o centro do campo. Mesmo com toda sua experiência, Buffon chorou. E não foi pouco.
Aos 39 anos, Buffon chorou porque nunca havia visto seu país fora de uma Copa do Mundo, já que a última vez havia sido há 60 anos. O experiente goleiro lamentou também não ir ao seu sexto Mundial, o que seria um recorde.
Mas Buffon não chorou só por si e pelo grupo que não estará na Rússia em 2018. Chorou pelos "garotos que sonham defender a seleção", por um país que não sabe, há tempos, o que é não jogar uma Copa.
"Não sinto essa eliminação apenas por mim, mas sim por todo o futebol italiano, pelo país. Falhamos em algo que também significa muito para nossa sociedade. Não lamento pelo fim, porque o tempo passa e uma hora iria acabar", disse, após o encontro.
Buffon preferiu não falar em falhas. Não culpou o técnico Ventura, nem seus companheiros. Preferiu falar sobre o futuro, o futuro no qual espera que a Azzurra siga sendo valente.
"Nós temos orgulho, força e somos teimosos. Nós sabemos como voltar a fazer as coisas da forma correta e vamos fazer isso. Estou saindo de uma equipe que saberá se portar em campo. Estou deixando um lado da Itália porque sei que eles saberão como se portar em campo", declarou.
A última vez que a Itália não havia disputado um Mundial fora em 1958, ano do primeiro título brasileiro. Buffon tem 14 jogos em Copas e, no total, foram 175 jogos pela Azzurra. A tragédia do último não apagará as glórias passadas, entre elas a conquista da Copa de 2006. Afinal, as lendas também choram.
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