A seleção feminina encerrou a fase de preparação para a Copa do Mundo na França com a moral baixa. Foram apenas derrotas em 2019, em uma série negativa que começou ainda no ano passado.
As mulheres do Brasil sempre sofreram com a precariedade da categoria feminina de futebol no país, mas, como no masculino, sempre produzimos grandes talentos, e formamos equipes competitivas para as principais competições internacionais. Talvez por isso a sequência de derrotas seja tão surpreendente.
Em 2019, o Brasil disputou o torneio amistoso SheBelieves Cup. Foram três derrotas e a lanterna da competição, embora contra rivais tradicionais no futebol feminino: Japão, Inglaterra e Estados Unidos.
Agora, em abril, a seleção disputou mais dois jogos preparativos para a Copa do Mundo da França. A equipe comandada por Vadão acabou derrotada para Espanha e para a Escócia, encerrando sem um empate sequer a preparação.
Há um ano atrás era improvável pensar em tanta dificuldade para a seleção brasileira feminina. Na Copa América, disputada em abril de 2018, o Brasil sobrou e foi campeão com 100% de aproveitamento, vencendo os sete jogos. A situação mudou rapidamente.
No primeiro jogo após a Copa América, o Brasil saiu derrotado pela Austrália. Mas logo depois venceu o Japão, em julho, no que seria a última vez que a equipe comemorou uma vitória.
A sequência negativa começou contra os Estados Unidos. Depois vieram derrotas para Canadá, Inglaterra e França. O máximo que a seleção conseguiu foi uma vitória em um jogo treino contra o Canadá, que não conta para as estatísticas. Foram quatro derrotas consecutivas, que se somaram a mais cinco em 2019. Há muito trabalho a ser feito antes da estreia na Copa do Mundo, em junho, contra a Jamaica.