Com direito a 'ley del ex', Athletico bate River e abre vantagem na final da Recopa

Nesta quarta-feira (22), Athletico Paranaense e River Plate começaram a decidir a Recopa Sul-Americana. Jogando na Arena da Baixada, o Furacão mostrou ser uma pedra no sapato dos argentinos e, com gol do carrasco Marco Rubén, que não perdoou seu ex-clube, venceu, por 1 a 0.

Com a vitória, os paranaense precisam apenas de um empate no jogo de volta, que acontece em Buenos Aires, para garantir o título inédito da competição.

"La ley del ex"

O Furacão foi a campo decidido a abrir vantagem na decisão da Recopa Sul-Americana. Logo no primeiro minuto, Lucho González avançou até a entrada da área e bateu firme. Boa chegada rubro-negra.

A resposta argentina veio através de uma marcação alta, que sufocou por alguns minutos a saída de bola paranaense. O River Plate manteve o combate agressivo. Com a bola, as duas equipes encontravam dificuldades no caminho até a área adversária. 

Apesar de poucas chances de perigo, o jogo era muito agitado na Arena da Baixada. Os Athleticanos avançavam, quase sempre, pelo lado esquerdo, buscando a velocidade de Renan Lodi e do ensaboado Rony. Já a equipe argentina procurava a referência de Lucas Pratto, que, bem marcado, não conseguia dar sequência para as jogadas. 

E foi pelo flanco canhoto que o Furacão chegou ao primeiro clímax da partida. Aos 24, Lodi recebeu de Bruno Guimarães e ajeitou para Rony. O atacante encontrou o sempre bem posicionado Marco Rubén na área. O argentino fez valer "la ley del ex", já que jogou no River entre 2006 e 2007, e mandou para o fundo das redes. Athletico na frente na decisão da Recopa.

A ponta esquerda era mesmo o caminho. Pouco depois de abrir o placar, Renan Lodi, sempre ele, avançou em alta velocidade, passou pela marcação argentina e cruzou para a área. A pelota passou por Lucho e Marco Rubén, que tentou o toque, mas não conseguiu finalizar.

Furacão em vantagem

Na volta do intervalo, o River Plate partiu em busca do empate. Com apenas quatro minutos, Los Millionarios já haviam finalizado duas vezes com perigo. Primeiro com Palacios, depois com Lucas Pratto, mas nenhuma chegou à meta do goleiro Santos.

A resposta athleticana continuou sendo pela esquerda. O Furacão foi tocando de pé em pé até chegar em Renal Lodi, que invadiu a área e soltou uma bomba, obrigando Armani a fazer uma grande defesa.

Tentando aumentar a organização de sua equipe, Marcelo Gallardo mandou a campo Angileri e Zuculini nos lugares de Mayada e Palacios. O resultado quase foi imediato. Angileri fez jogada pela esquerda e cruzou para Suárez, que, com o gol vazio, não conseguiu a finalização.

A vitória paranense já estava encaminhada quando, aos 35, Casco resolveu agredir Rony dentro da área. O VAR entrou em ação e, após análise, o árbitro expulsou o lateral esquerdo do River. O pênalti não foi marcado, pois a bola não estava em jogo no momento da agressão.

Com a vantagem numérica e no placar, restou ao Athletico valorizar a posse de bola e administrar a boa vantagem para o jogo de volta. Bom para os mais de 30 mil torcedores que estiveram na Arena, e presenciaram mais um triunfo do Furacão sobre uma equipe argentina.