Abrindo a participação brasileira nas oitavas de final da Copa Libertadores da América, o Cruzeiro foi até o Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, para encarar o River Plate. Em jogo complicadíssimo e de muita pressão argentina, a Raposa viu o adversário perder um pênalti no último minuto e garantiu o empate sem gols e com sabor de vitória.
Com o empate, o time celeste vai decidir no Mineirão. A equipe comandada por Mano Menezes vai precisar de uma vitória simples para avançar às quartas de final da competição continental.
Mesmo com o Monumental de Nuñez lotado, o Cruzeiro não se intimidou e deu seu recado. Antes do primeiro minuto, Orejuela entrou tabelando com Pedro Rocha pela direita e tentou cruzado. A bola, no entanto, saiu pela linha de fundo.
Porém, o bom início celeste não teve continuidade. Logo após a primeira chegada dos brasileiros, o River tratou de ajustar sua marcação e sufocar a troca de passes do adversário.
Com isso, o controle das ações era todo argentino. A posse de bola no campo ofensivo preocupava, mas não era capaz de criar chances de perigo. O primeiro trabalho de Fábio na partida veio dos pés de Álvarez, mas o arqueiro celeste, bem posicionado, defendeu sem dificuldades.
Retraído, o time mineiro começou a dar campo para o adversário. Aos 24, Álvarez recebeu cruzamento da esquerda e desviou de cabeça. Fábio espalmou nos pés de Fernández, que mandou para fora. Pouco depois, Palacios tentou de fora e parou nas mãos do arqueiro cruzeirense.
Nos minutos finais, mais do mesmo. O ataque millionário seguiu dando muito trabalho. Rojas, de cabeça, e De La Cruz, após bola dividida, foram os responsáveis pelas últimas chances da primeira etapa, mas a rede não balançou em Buenos Aires.
Preocupado com o que foi apresentado no primeiro tempo, o técnico Mano Menezes promoveu uma alteração em sua equipe. Buscando mais solidez no setor de meio campo, Ariel Cabral foi o escolhido para a vaga de Robinho.
Logo no primeiro minuto, Thiago Neves passou para Lucas Romero, que deixou Marquinhos Gabriel cara a cara com Armani. O meia cruzeirense bateu no canto e saiu para comemorar. Porém, a arbitragem assinalou o impedimento do brasileiro na jogada. Minutos depois, o VAR analisou e confirmou a decisão do assistente.
Apesar de continuar com maior posse de bola, o River não conseguiu imprimir o ritmo de outrora nos minutos iniciais da etapa complementar. Mas, ainda assim, era no campo de defesa do Cruzeiro que a partida se desenrolava.
O tempo foi passando e os mineiros conseguiram esfriar o ritmo do duelo. Com a marcação mais adiantada, o Cruzeiro foi neutralizando as jogadas da equipe mandante, principalmente as investidas de Montiel pelo lado direito.
Porém, nos minutos finais, os millionarios voltaram a pressionar. E que pressão. Suárez tentou de bicicleta, mas mandou para fora. Lucas Pratto, voltando de lesão, entrou e quase abriu o placar em cabeçada.
Até que no último minuto da partida, após cobrança de escanteio, Henrique puxou a camisa de Pratto na área. Depois de alguns minutos e análise do VAR, a arbitragem marcou a penalidade. Suárez teve em seus pés a chance da vitória, mas, na cobrança, o atacante isolou, rifou, mandou para muuuito longe. Com isso, o camisa 7 argentino trouxe para perto a esperança celeste de avançar na Libertadores: 0 a 0.
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