Mano deixa cargo à disposição e ganha voto de confiança no Cruzeiro

A derrota no clássico contra o Atlético aprofundou a crise no Cruzeiro. Com o clube na zona de rebaixamento, Mano Menezes deixou o cargo à disposição da diretoria, e ganhou um voto de confiança para seguir como técnico.

O Cruzeiro completou 10 rodadas no Brasileirão sem vencer. Uma sequência que deixa o clube na 17ª posição na tabela, com apenas 10 pontos em 13 jogos disputados. Um desempenho surpreendente para o atual bicampeão da Copa do Brasil, apontado entre os favoritos antes do início do Brasileiro. Antes em alta pelas conquistas recentes, Mano Menezes agora trabalha sob pressão e avisou a diretoria que entenderia a demissão.

"Eu sempre trabalho com transparência. Eu fiz uma reunião lá dentro do vestiário e deixei as pessoas da direção muito à vontade se elas quisessem tomar uma atitude que não fosse pela continuação do trabalho. Comigo não há constrangimento", revelou Mano na coletiva pós-jogo.

"Eu sei do momento que estamos passando e como está grande este momento para a realidade do Cruzeiro e para a realidade dos treinadores do futebol brasileiro. Não quero ser eu o empecilho para a recuperação do Cruzeiro. Então, deixei bem claro antes de vir aqui. A direção colocou a confiança no trabalho do treinador, e eu tenho a confiança que posso fazer, juntamente com os jogadores, essa recuperação", completou.

As expectativas do Cruzeiro para o início da temporada eram das melhores. O clube vinha de dois títulos na Copa do Brasil, investiu em reforços e conquistou o título mineiro. No entanto, o momento agora é delicado dentro e fora de campo. Dirigentes do clube convivem com acusações de corrupção, e a instabilidade traz problemas para todos, confessou Mano.

"O Cruzeiro passou por dificuldades como clube, nós passamos por dificuldades como time, e a reunião disso tudo produziu o momento difícil que estamos passando. Certamente, é a somatória de tudo isso que estamos vendo. Então, vamos resolver todas as partes. Temos muito para resolver. Quando todos fizerem bem a sua parte, provavelmente estaremos bem para fazer a reação", defendeu.