Com problemas financeiros, o Figueirense escreveu, nesta terça-feira, um capítulo negativo na história do futebol brasileiro. Os jogadores do Alvinegro catarinense se recusaram a entrar em campo para enfrentar o Cuiabá, na Arena Pantanal, no Mato Grosso, pela 17ª rodada da Série B, decretando um W.O em favor do Dourado.
O elenco do Figueira está com os direitos de imagem atrasados desde maio, enquanto os salários não caem na conta desde junho. O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, FGTS, dos jogadores também não tem sido recolhido.
O advogado que representa os atletas do clube, Felipe Rino, emitiu um comunicado confirmando o motivo da recusa dos jogadores.
"No final da noite foi aberto diálogo entre o jurídico do clube, mas sem avanços. Não houve o cumprimento de nenhuma das exigências dos atletas (pagamento dos salários e imagem dos atletas, salários de atletas da base, funcionários do clube), afirmou.
O Figueirense agora fica sujeito a punições em duas frentes: pela Confederação Brasileira de Futebol, CBF, e pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva. Como foi o primeiro W.O. do time, a punição será a derrota na tabela, por 3 a 0, e multas. Em caso de reincidência, o clube fica sujeito a ser excluído da competição.
A última vez em que algum clube não compareceu a uma partida foi em 2017, quando Mogi Mirim perdeu por W.O um jogo válido pela Série C do Brasileiro, contra o Ypiranga, do Rio Grande do Sul. Na ocasião, o time do interior paulista foi declarado derrotado por 3 a 0 e punido pelo STJD com multa de R$ 1 mil.