Um Heavy Metal ensurdecedor mostrou ao City que é o Liverpool quem manda no Inglês

No confronto entre líder e vice-líder, o Heavy Metal de Jürgen Klopp atropelou o clássico Pep Guardiola. Em Anfield, o Liverpool mostrou a força de um campeão europeu para vencer o Manchester City, por 3 a 1, e aumentar a folga na liderança da Premier League. 

Agora, os Reds abrem nove pontos de vantagem para os Citizens, que perderam a vice-liderança e caíram para o quarto lugar. Quem vem em segundo agora é o Leicester, com oito pontos a menos que a equipe vermelha. 

A força do Heavy Metal

O Manchester City passou os primeiros minutos no campo de ataque e, aos quatro minutos, reclamou de pênalti por mão de Alexander-Arnold. O árbitro mandou seguir e, no ataque seguinte, Fabinho soltou uma bomba para fazer um golaço! 

Tremenda confusão em Anfield: Fernandinho, capitão citizen, foi para cima do apitador reclamando da penalidade. Não teve jeito: o gol do time de vermelho acabou confirmado, explodindo o lendário estádio. 

O time de Pep Guardiola sofreu com a marcação da equipe de Jürgen Klopp e, nos primeiros 15 minutos, só assustou na bola pelo alto. O encontro lembrava os duelos entre os treinadores na época de Bundesliga. 

A equipe do alemão, então, mostrou a rápida transição característica do jogo germânico, e presente também no Heavy Metal de Anfield. Robertson recebeu enfiada de bola na canhota e cruzou para Mohamed Salah, de cabeça, abrir 2 a 0. 

O City não conseguia ter tamanha eficiência quando no ataque. Sergio Kun Agüero até criou boa chance de empatar depois de dar uma caneta em Fabinho, mas Alisson espalmou o chute do argentino. Angeliño, pouco depois, penetrou na área em tabela, mas acertou o poste. 

Ação e reação. Era muito um Bayern x Dortmund dos bons tempos. Era tudo o que se esperava de Guardiola e Klopp. Foi o jogaço que os fãs queriam. Como reação aos lances de perigo do rival, Firmino ameaçou duas vezes: na segunda, deu trabalho para Claudio Bravo, substituto de Ederson, lesionado. 

Agüero voltou a tentar dizer que a vantagem de dois gols dos Reds era grande demais, mas ficou sem voz depois de ver seu chute de canhota sair pela linha de fundo. A diferença, inclusive, quase ficou maior em chute colocado de Salah que Bravo defendeu em dois tempos. 

City emudecido 

No segundo tempo, nada mudou: um Heavy Metal ensurdecedor emudecia a música clássica do refinado, e tranquilo até demais, toque de bola adversário. Henderson apareceu bem no flanco direito e cruzou para Sadio Mané, de cabeça, abrir 3 a 0 para o Liverpool. 

Podemos divagar sobre as características do jogo de Klopp na atual temporada, mas ainda é inegável sua ligação com o Heavy Metal que marca a passagem do treinador em Anfield. Apesar de o time se importar, também, com o lado lúdico do espetáculo, as ações enfáticas e precisas são perturbadoras para os adversários e acontecem nos momentos mais decisivos. Os ataques rápidos, que às vezes surgem do nada, e quase sempre são fatais, emudecem as vozes do outro lado. 

No caso de Anfield, o Heavy Metal fazia era barulho. O estádio ficou atônito com a performance diante dos Citizens. O time de Guardiola bem que tentava sufocar a saída de bola, mas Fabinho aparecia para chamar o jogo, os zagueiros se distanciavam e os laterais abriam na ponta do campo. Quando a bola saída do brasileiro, já era para uma disparada de um companheiro. 

O City mostrou menos força de reação na segunda parte. Tanto que Pep resolveu tirar Agüero para lançar Gabriel Jesus. Aí, sim, houve certa reação: Angeliño cruzou da canhota, a bola cruzou a área e Bernardo Silva completou forte de canhota para descontar. 

Ainda faltava algum tempo. Os Citizens ainda tinham bola para reagir. E mais uma vez ficaram reclamando mão de Arnold na área (de novo, a bola pegou na mão do lateral). Mas nada estragou a noite de festa em Anfield: o título do Inglês parece caminhar de volta para o lugar que foi a sua casa durante tanto tempo, mas que já não o recebe há décadas...