O Botafogo trouxe o japonês Keisuki Honda, que estreou com gol pouco antes da paralisação por conta do coronavírus. Sonha, ainda, com Yaya Touré. Mas, até o momengo, o Glorioso não conseguiu resolver (e nem tem nomes em perspectiva para fazê-lo) o principal problema do time: o ataque.
Se levarmos em consideração todos os times da Série A do Campeonato Brasileiro, só o Vasco fez menos gols que o Glorioso. O Cruz-Maltino marcou apenas oito tentos na temporada, contra 12 do Alvinegro.
No início da temporada, a diretoria botafoguense teve como principal iniciativa para reforçar o ataque Pedro Raúl. O atacante vinha de boa temporada no Atlético Goianiense, com 14 gols ano passado, e, até o momento, fez três gols em sete partidas.
O artilheiro da equipe alvinegra na temporada não é Pedro Raúl, mas sim o meia Bruno Nazário, com quatro tentos. Fora eles, apenas outros cinco jogadores marcaram pelo clube no ano, todos com um gol.
Apesar de Rafael Navarro ter tentado em alguns momentos, Pedro Raúl é basicamente a única opção para o centro do ataque que Paulo Autuori tem no elenco alvinegro.
O Glorioso até mostrou força em alguns momentos pelos flancos com Luis Henrique e Luiz Fernando, tem qualidade do passe no meio com Bruno Nazário (que, além dos quatro gols, deu três assistências) e até Caio Alexandre, além de Honda, mas ainda carece de um homem de frente como opção a Pedro Raúl.
A parada por conta do coronavírus pode ser importante para a diretoria botafoguense agir nos bastidores para dar mais opções a Paulo Autuori, principalmente no comando de ataque.