Após a grande mobilização de jogadores aceitando a redução salarial para contribuir com seus respectivos clubes, um episódio chamou a atenção no velho continente. Nesta sexta-feira, o FC Sion, da Suíça, demitiu nove jogadores do elenco principal após se recusarem a receber um corte salarial devido à pandemia do novo coronavírus, que paralisou os campeonatos esportivos em todo o mundo.
O clube declarou à agência de notícias Reuters que a demissão ocorreu depois que os jogadores se recusaram a trabalhar meio período, de acordo com as diretrizes do governo e da OMS.
"Não faz sentido manter jogadores que não querem se esforçar quando todos os demais se esforçam. Eu disse a eles que seu salário reduzido é praticamente o salário de duas ou três enfermeiras que trabalham duro para salvar vidas hoje", disse o presidente do clube, Christian Constantin.
Já o presidente da União dos Jogadores Suíços, Lucien Valloni, definiu as demissões como precipitadas e desrespeitosas.
"Não é aceitável se comportar assim. Se surgir uma crise, você deve cuidar de seus funcionários e não colocar uma arma na cabeça deles e dizer a eles que eles têm 24 horas para decidir sobre um salário de redução ou não e, em seguida, se eles recusarem - o que é eles estão demitidos. Isso é realmente ultrajante", disse à Reuters.