A Uefa recomendou que todos os campeonatos da Europa fossem encerrados em campo, e o principal motivo foi a certeza de uma longa batalha jurídica em caso de encerramento antecipado. E é o que deve acontecer na França, com Amiens e Lyon entre os clubes que prometem retaliação.
O Amiens terminou a competição como 19º colocado, acima apenas do Toulouse, mas a apenas quatro pontos do Nimes, que teve sua permanência na elite confirmada. Bernard Joannin, presidente do clube rebaixado, avisou que vai lutar de todas as formas para defender os direitos da equipe.
"É uma falta de humanidade e uma injustiça a decisão da Liga. O Amiens não pôde se defender até o final, em campo, por suas chances de manutenção na primeira divisão. Nos jogos de volta, enfrentamos os mais fortes, como o PSG, o Olympique de Marseille e o Lyon. Nossos concorrentes, Metz, Toulouse, Nimes e Dijon não jogaram todos. A equidade esportiva não foi respeitada", disparou o dirigente, garantindo que o clube "defenderá seus interesses" na justiça.
O Amiens defende o direito aos dois primeiros colocados da segunda divisão em subirem de divisão, mas sem rebaixamentos em 2019/20. A temporada 2020/21 teria 22 clubes e quatro rebaixamentos para a normalização em 2021/22.
Lyon promete brigar por reparação de danos
O caso do Lyon é bastante diferente. Em sétimo na tabela, o clube está longe da briga pelo rebaixamento, mas investiu alto para fazer boa campanha na Liga dos Campeões (segue em disputa e em vantagem sobre a Juventus nas oitavas de final) e esperava por uma arrancada final para conseguir vaga em competições da Europa na próxima temporada. Sem classificação, o impacto financeiro será grande.
Jean-Michel Aulas, presidente do Lyon, usou argumentos parecidos com o de Joannin. Para ele, faltou a tal equidade esportiva, com times a frente do seu na tabela com mais jogos disputados em casa. O dirigente quer reparação financeira para não compensar o fato de não poder lutar pelas competições europeias.
"É uma perda de oportunidade muito importante, valorizada financeiramente. Nós vamos reclamar em forma de danos e interesses, que totalizam dezenas de milhões de euros", garantiu.