Eram três jogos de Bundesliga sem vencer, entre eles uma volta um tanto imprecisa contra o Freiburg. Mas o domingo, enfim, trouxe de volta o bom e velho Leipzig de Julian Nagelsmann.
A verdade também é uma só: o Leipzig nunca deixou de lado suas filosofias. Nos jogos da Bundesliga que não venceu, só teve posse de bola inferior contra o Bayer Leverkusen, um adversário de topo de tabela que também gosta de propor o jogo.
Mas contra Wolfsburg, Freiburg e Mainz, o Leipzig sempre manteve a posse de bola perto dos 60%. E também conseguiu criar muitas chances de gol. O que fez toda a diferença foi a eficiência, e não só das finalizações, como também dos passes (sejam eles para iniciar ou encerrar as jogadas).
Contra o Wolfsburg, foram 14 arremates. Diante do Freiburg, 20. No domingo, foram 21. Nos dois primeiros jogos, apenas um gol marcado. Contra o Mainz, foram cinco bolas nas redes.
A movimentação ofensiva, uma das grandes armas dessa equipe, voltou a impressionar contra o Mainz: Timo Werner muitas vezes apareceu vindo de trás para ajudar na criação das jogadas, assim como Poulsen, embora este estivesse mais vezes na posição centralizada do ataque.
Atuação marcante teve Kevin Kampl, que flutuou em todas as posições de armação do jogo, desde a transição ofensiva que começava na defesa até as zonas de passe-chave. Kampl teve uma taxa de acerto de passes de 96%.
Outra atuação destacável foi a de Marcel Sabitzer, que beirou os 90% de acertos de passe e conseguiu três passes-chave. O austríaco buscou o jogo sempre da direita para o meio, e foi peça importante também nos desarmes que resultaram em contra-ataques.
É interessante observar o Leipzig não apenas como um ainda possível candidato ao título da Bundesliga, já que, com a vitória, se manteve a sete pontos do líder Bayern, mas como uma equipe forte para a disputa da Liga dos Campeões em agosto. Principalmente quando joga como o bom e velho Leipzig de Nagelsmann.
0-5 | ||
Timo Werner 11' 48' 75' Yussuf Poulsen 23' Marcel Sabitzer 36' |