Quando o Borussia Dortmund anunciou a rescisão de contrato com André Schürrle, todos se questionavam qual seria o novo clube do campeão mundial em 2014. E a resposta do ponta veio dois dias depois e surpreendeu a todos: nenhum. Aos 29 anos, Schürrle cansou do futebol e decidiu parar.
Na memória coletiva brasileira, Schürrle será sempre lembrado como o personagem que, com requintes de crueldade, entrou no Mineirão para jogar os 30 minutos finais e anotou os dois gols que selaram a maior humilhação da história do futebol nacional. Foi o auge da carreira do ponta, aos 23 anos, e o início de sua derrocada.
A queda foi tão rápida quanto a ascensão. O início no Mainz foi promissor, com grandes atuações e gols, o que lhe rendeu um contrato com o Bayer Leverkusen. Duas temporadas de sucesso por lá e o ponta assinou com o Chelsea em 2013/14, terminando o seu primeiro ano representando a Alemanha na Copa do Brasil e comemorando o título.
Apesar de figura constante no Chelsea, Schürrle não foi unanimidade por lá e deixou a equipe já no meio da temporada 2014/15 para o Wolfsburg, onde teve relativo sucesso, mas também não ficou por muito tempo. Em 2016 já estava no Borussia Dortmund, onde viveu mais baixos que altos. Acabou emprestado para Fulham e Spartak Moscou, sem brilhar em nenhum dos dois.
Deixou a Rússia sem indicar seu destino. A reapresentação ao Borussia Dortmund foi apenas para avisar sua decisão: não havia mais motivação para seguir no futebol. Rico, mas solitário e infeliz, Schürrle decidiu que não dava mais para continuar.
"Não preciso mais de aplausos", resumiu.