Vem aí o Chinesão! Confira o guia completo da competição

Depois de cinco meses de atraso a bola finalmente vai rolar na edição 2020 da Super Liga da China. A competição começaria em 22 de fevereiro, mas sofreu inúmeros adiamentos por conta da pandemia do coronavírus. Para preparar o leitor que acompanha o campeonato, o jornalista Leonardo Hartung, especialista em futebol chinês, elaborou para oGol um guia completo com informações sobre o novo formato e sobre cada um dos concorrentes.

Com o calendário apertado e com o intuito de não atrapalhar futuros compromissos da seleção chinesa, a CFA (sigla em inglês para Associação Chinesa de Futebol) remodelou o formato da Super Liga da China. Na primeira fase da competição, as 16 equipes serão divididas em dois grupos sediados em Dalian (A) e Suzhou (B). Esta fase acontecerá entre os dias 25 de julho e 28 de setembro.

A grande curiosidade é que a segunda fase da Super Liga segue sem definição. Rumores mais recentes apontam a possibilidade de ela ser realizada a partir de dezembro em Kunming, cidade da província de Yunnan, ao sul da China.

Os Grupos

Grupo A: Dalian Pro, Guangzhou Evergrande, Guangzhou R&F, Henan Jianye, Jiangsu Suning, Shandong Luneng, Shanghai Shenhua e Shenzhen FC
Grupo B: Beijing Guoan, Chongqing Dangdai SWM, Hebei China Fortune, Qingdao Huanghai, Shanghai SIPG, Shijiazhuang Ever Bright, Tianjin TEDA, Wuhan Zall

Regras para jogadores estrangeiros

1) Cada equipe pode inscrever até, no máximo, cinco jogadores estrangeiros em seu elenco.
1.1) Apenas quatro destes jogadores estrangeiros podem estar em campo ao mesmo tempo por equipe. O outro estrangeiro pode iniciar o jogo do banco de reservas e só entrará caso substitua um dos quatro estrangeiros em campo.
1.2) Cada equipe pode inscrever um jogador naturalizado sem descendência chinesa. Caso o clube tenha mais de um naturalizado sem descendência (caso do Guangzhou Evergrande), os demais serão inscritos como jogadores estrangeiros (mesmo se atuarem pela Seleção Chinesa).
1.3) Cada equipe também pode registrar um atleta com nacionalidade de Hong Kong, Macau e Taiwan que serão considerados como jogadores locais.
1.4) Caso uma equipe esteja sem estrangeiros disponíveis para jogo por conta do fechamento das fronteiras ou por ainda estar cumprindo os 14 dias de isolamento, o time adversário só poderá usar dois jogadores estrangeiros na partida. Caso a equipe tenha apenas um atleta estrangeiro, o adversário poderá usar no máximo três jogadores estrangeiros, e assim sucessivamente.
1.5) Haverá uma nova janela de transferências na China no mês de setembro a partir do dia 1º até 30 do mesmo mês.

2) Cada time deve iniciar a partida com, no mínimo, um jogador Sub-23. Já os elencos devem ter, no mínimo, três jogadores Sub-21.

Lembrando que esta é a primeira temporada desde que a Associação Chinesa de Futebol estabeleceu teto salarial tanto para jogadores estrangeiros quanto chineses. A partir de primeiro de janeiro de 2020, jogadores estrangeiros ganharão no máximo até € 3 milhões anuais enquanto os chineses só receberão no máximo ¥ 10 milhões anuais, sendo que jogadores da seleção chinesa podem receber até 20% acima.

Outra regra limita os orçamentos das equipes do país. Nenhum clube chinês deve gastar mais que ¥ 1,1 bilhão e os gastos em salários não podem ultrapassar 60% dos gastos totais.

Por fim, importante salientar que a janela de transferências na China se encerra no dia 29 de julho. Ou seja, é possível que alguma contratação aconteça após a publicação deste guia.