Perrin, ídolo e capitão premiado pelo fair-play, se despede como vilão após entrada violenta em Mbappé

Loic Perrin é o nome mais comentado do momento no futebol francês, e não pelos motivos que sonhava. Capitão do Saint-Étienne, o zagueiro queria se despedir da carreira com um título histórico da Copa da França contra o milionário e favorito Paris Saint-Germain... Acabou como vilão por expulsão inquestionável após carrinho violento em Mbappé.

A carreira de Perrin foi elogiável. Cria do Saint-Étienne, o defensor foi campeão da segunda divisão com o clube no início da carreira, e foi sempre leal ao clube que o formou: nunca vestiu outra camisa.

Não apenas por sua dedicação, Perrin recebeu o reconhecimento na carreira. O zagueiro pode não ser lembrado como um craque, mas já fez parte da seleção dos melhores do Campeonato Francês, defendeu na base o país e ganhou convocações para a equipe principal, embora não tenha chegado a ter a oportunidade de entrar em campo.

Há pelo menos duas temporadas, Perrin, que completa 35 anos em agosto, planeja o fim da carreira. O mais provável é que receba um cargo no clube fora das quatro linhas. O contrato atual encerra com o fim da temporada e havia certo mistério sobre a decisão da aposentadoria, confirmada ontem antes da decisão contra o PSG. Um jogo ideal para dizer adeus.

Com 30 minutos de final, Perrin foi vencido na velocidade por Mbappé e não conteve suas forças - entrou em um carrinho lateral violento sobre o atacante do PSG. Mbappé não conseguiu voltar a campo e, depois de avaliação pelo VAR, Perrin foi expulso.

Foi apenas o segundo vermelho da carreira de Perrin. Em 2013, o defensor chegou a ganhar um prêmio simbólico, não oficial, chamado "Ballon d'eau fraîch", para atletas conhecidos por sua lealdade ao clube e pelo "fair-play". Nada disso apagará a imagem violenta da despedida.