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      Último grande ato do 'Time de Guerreiros'

      2012: Fluminense de Fred acaba com o sonho do Galo de Ronaldinho

      2020/08/04 18:01
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      De um lado, o Atlético Mineiro do genial Ronaldinho Gaúcho. De outro, o Fluminense do goleador implacável Fred. O Brasileiro de 2012 ficou marcado por uma batalha ferrenha entre o Galo e o Tricolor, e terminou com o troféu nas Laranjeiras, o último grande ato do "Time de Guerreiros".

      A edição de 2012 foi também marcada por outras desilusões, além do vice do Atlético de Ronaldinho (que ao menos estaria destinado a grandes feitos no ano seguinte). A maior delas a do Palmeiras, campeão da Copa do Brasil naquele ano, e rebaixado ao fim do campeonato. Mas também de outro craque, Neymar, que falhou na missão de repetir os títulos nacionais dos "Meninos da Vila", mesmo depois da consagração na Libertadores.

      Foi o segundo título Brasileiro do Fluminense em um intervalo de três anos, em um grupo que começou a ser construído no "Milagre Tricolor" de 2009 e ficou marcado como um dos maiores esquadrões da história do clube. O terceiro Brasileiro desde 1971 e o tetra com os títulos unificados. E, apesar da conquista com três rodadas de antecedência, a disputa foi acirrada justamente por conta do rejuvenescido Atlético e da magia de Ronaldinho.

      Paciência para desbancar o Galo

      O Fluminense fez uma campanha irrepreensível em 2012. Quase imbatível. E a conquista veio por antecipação. A imagem final faz parecer que o Tricolor sobrou durante o torneio. E não foi bem assim. Convidado por oGol para comentar a conquista, Gum fez questão de ressaltar que a história foi diferente.

      "Natural que passe a impressão que o título de 2012 foi mais tranquilo e mais fácil que o de 2010, por ter sido conquistado com rodadas de antecedência. Mas só para quem está fora de campo a sensação é essa. Quem estava dentro de campo sabe o quanto foi difícil", comentou.

      De fato, o Fluminense manteve-se invicto pelas 11 primeiras rodadas, e nem assim chegou ao topo. A liderança estava reservada para a sensação do Brasileiro, o Atlético Mineiro, com Ronaldinho como estrela de um time empolgante, que tinha ainda o jovem Bernard, o artilheiro Jô, a sólida defesa com Leonardo Silva e Réver protegendo o gol de Victor.

      ©Getty / Miguel Schincariol
      "O Atlético Mineiro do Ronaldinho era o melhor time, considerado até a virada do turno. Naquele momento era o futebol mais vistoso, considerada a melhor equipe, e nós ali tentando de todas as maneiras superar as dificuldades, crescer na competição, e não deixar o Atlético ser tanto campeão do primeiro turno como também virar e abrir uma pontuação ainda maior", lembrou Gum.

      O Fluminense não conseguiu impedir o título simbólico dos mineiros no primeiro turno, mas manteve-se com uma impressionante solidez na perseguição ao favorito. Além disso, o Tricolor conviveu com a pressão de ter sempre de correr atrás do Galo. Gum lembrou que o time entrou em diversas rodadas depois do Atlético.

      "Eles ganhavam os jogos e, como eles abriam sete ou oito pontos, nós tínhamos que voltar essa pontuação para quatro ou cinco pontos. Para não deixar esse Atlético, que já era considerado favorito, e jogando muito bem, com Ronaldinho Gaúcho voando e companhia, abrir uma pontuação ainda maior. Para que nós não viéssemos a perder esse contato com eles, por saber que a parte psicológica era muito importante neste momento", explicou.

      A paciência e a consistência do Fluminense renderam frutos. O time engrenou nova invencibilidade entre a 13ª e a 24ª rodada, com vitórias importantes sobre São Paulo, Palmeiras, Vasco, Santos e Internacional, e no caminho, mais especificamente na 22ª rodada, roubou a liderança do Atlético. E o "Time de Guerreiros" provou mais uma vez sua força, nunca mais abandonando o posto.

      No entanto, a arrancada para o título ainda teria um novo obstáculo. Na 32ª rodada, o Atlético conseguiu um gol aos 45 do segundo tempo para vencer o Fluminense por 3 a 2, no Independência, diminuindo a diferença entre os candidatos ao título e aumentando a pressão no Tricolor. Neste momento, a experiência do grupo fez a diferença, e Gum recorda em especial da intervenção de Deco.

      "(a derrota) Trouxe uma certa pressão. Uma expectativa em torno dos torcedores, por que ali o Atlético diminuiu um pouco a pontuação, mas novamente o Deco apareceu após o jogo, deu entrevista no campo dizendo que eles tinham ganhado o jogo, mas nós seríamos campeões. Entendi que ele falou aquilo para tirar um pouco da pressão e gerar confiança ainda maior que ficaríamos com o título naquele momento. Foi proposital para que o clube e a torcida se mantivessem fortes, focados rumo ao título", argumentou.

      A derrota, na realidade, fez pouca diferença. O Atlético não venceu nos quatro jogos posteriores. Já o Fluminense seguiu implacável e conquistou o título em um emocionante 3 a 2 sobre o Palmeiras, em Presidente Prudente. Dois dos gols tricolores foram marcados pelo símbolo daquela conquista: Fred.

      Um artilheiro implacável no comando dos Guerreiros

      ©Getty / ANTONIO SCORZA
      O grande nome da conquista do Fluminense em 2012 foi Fred. Letal, o atacante foi artilheiro do Brasileiro com 20 gols, superando a forte concorrência de Luís Fabiano e Neymar. E o goleador tricolor precisou de apenas 28 jogos para atingir o número.

      "Em 2012 o Fred foi artilheiro, fazendo gols importantes... Não jogou todos os jogos (como Conca em 2010), mas os que jogou foi com uma qualidade espetacular, fazendo gols decisivos e sendo muito importante para nós. Um time campeão tem de ter esses jogadores diferenciados. Tem de ter esses jogadores vivendo grande momento", exaltou Gum.

      O zagueiro lembrou que toda a equipe, na verdade, viveu grande momento sob o comando de Abel Braga. A defesa, como em 2010, foi a menos vazada, com Gum reeditando a dupla com Leandro Euzébio na maior parte da disputa, mas com participação importante também de outros nomes, como Digão. Nas laterais, Carlinhos e Bruno tiveram grande desempenho. Quando falhavam, Diego Cavalieri aparecia, provavelmente no seu melhor ano da carreira.

      O meio-campo titular tinha qualidade impressionante. Edinho fazia o trabalho defensivo, com o versátil Jean ao lado, e com Deco e Thiago Neves com maior liberdade, principalmente o último. Na frente, a velocidade de Wellington Nem complementava a técnica refinada e a frieza do goleador Fred... Nem Ronaldinho conseguiu impedir o título dos Guerreiros Tricolores.

      Números da edição: 

      Média de gols: 2,47 gols/jogo

      Melhor ataque: Atlético Mineiro - 64 gols

      Melhor defesa: Fluminense e Grêmio - 33 gols sofridos 

      Artilheiro: Fred - 20 gols

      Jogador com mais partidas: Muriel (Internacional) - 38 jogos

      Brasil
      Gum
      NomeWelington Pereira Rodrigues
      Data de Nascimento/Idade1986-01-04(38 anos)
      Nacionalidade
      Brasil
      Brasil
      PosiçãoDefensor (Zagueiro)

      Fotografias(10)

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