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      Tradicional, clube já teve nomes como Rivaldo e Bebeto

      Colônia brasileira na década de 90, La Coruña volta a viver pesadelo da terceira divisão

      Um dos clichês sobre o futebol é de como ele é um esporte cíclico, principalmente para aqueles que não estão acostumados com o topo todos os anos. Entre a década de 1990 e início dos anos 2000, na Espanha, uma das principais forças do país era o Deportivo La Coruña, clube galego que desafiava gigantes, que peitou Real Madrid e Barcelona. Hoje, a realidade é muito distante do time que outrora teve estrelas da seleção brasileira como Rivaldo, Bebeto e Mauro Silva.

      O La Coruña volta, na temporada 2020/21, a viver um pesadelo que não enfrentava há 39 anos, a terceira divisão, atualmente chamada de segunda divisão B. A queda aconteceu com contornos trágicos e polêmicos, em meio a pandemia de Covid-19. Acontece que, na última rodada, o clube já não dependia mais de si para permanecer na segunda divisão, apesar de ser um fato matematicamente possível.

      O adversário da última rodada era o Fuenlabrada, que tinha vários casos positivos de Covid-19 no elenco. Com isso, a Federação Espanhola decidiu adiar a partida, o que não agradou ao La Coruña, já que todos os jogos da última rodada deveriam acontecer juntos, no mesmo dia e horário. Sem essa possibilidade, a última rodada da segunda divisão aconteceu no dia 20 de julho e a combinação de resultados necessária para ajudar os galegos não aconteceu. O clube só foi jogar a partida derradeira na última semana, no dia 7 de agosto, já virtualmente rebaixado, precisando vencer e tirar uma diferença de saldo de gols na casa das dezenas, o que logicamente não ocorreu.

      "É muito triste saber que o Deportivo caiu para a terceira divisão. Um time com a história que tem, com os grandes jogadores que passaram... A gente fala isso porque é muito complicado, um clube com a situação financeira que tinha, contratação de grandes jogadores de renome. Fico triste, porque os torcedores do Deportivo são muito fanáticos e nos receberam com muito amor por lá", declarou em entrevista a oGol Renaldo, ex-atacante do clube em 1996.

      Os anos de ouro

      O grande período da história do Deportivo La Coruña, sem dúvidas, foi entre a década de 1990 e o início dos anos 2000. Foi nessa época que o clube levantou duas Copas do Rei, além do título mais importante de sua galeria de troféus, o da Liga Espanhola. Ao longo de todo esse intervalo, o clube sempre se valeu do talento brasileiro para chegar mais longe.

      Entre os maiores ídolos do clube estão nomes como Mauro Silva, Djalminha, Flávio Conceição e Bebeto, jogador que Renaldo teve a difícil missão de substituir quando teve a primeira experiência internacional da carreira, aos 27 anos. Bebeto retornava ao Brasil para defender o Flamengo, enquanto Renaldo vivia a melhor fase de sua carreira, depois de ter sido artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1996.

      "Foi um ano mais importante da minha carreira, uma temporada maravilhosa. Fui artilheiro do Brasileiro, cheguei na semifinal do Brasileirão, mas também foi muito triste porque o Atlético tinha tudo para chegar na final. Em casa, contra a Portuguesa, só conseguimos o empate, saímos na frente nos dois resultados. Foi um ano muito importante porque convocado para a seleção e, depois, negociado com o futebol europeu", relembrou.

      A passagem de Renaldo por La Coruña, porém, foi mais curta que o esperado e ele não conseguiu repetir a marca artilheira que teve no Atlético Mineiro, ainda que tenha sido titular do clube ao longo dos seis meses que por lá esteve.

      "Minha passagem foi muito rápida. Tive alguns problemas familiares e voltei para o Brasil. Eu joguei vários jogos junto com Rivaldo, Mauro Silva, Donato, Flávio Conceição... Estava me adaptando e melhorando a cada jogo. Foi um aprendizado muito grande, porque logo depois voltei para a Espanha", disse o ex-atacante. À época, Renaldo disputou 23 jogos pelo Deportivo e marcou cinco gols, retornou ao Brasil para defender o Corinthians por um curto período, e então retornou para a Espanha, onde também jogou por Las Palmas, Lleida e Extremadura.

      "A experiência no futebol espanhol foi muito positiva, aprendizado como ser humano e de como se adaptar a parte tática do jogo. Enfrentar Real Madrid e Barcelona foi muito legal, porque nosso time era muito forte também, batíamos de frente com eles. Era muito legal jogar no Camp Nou e no Santiago Bernabéu com aqueles grandes jogadores", concluiu.

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