Pelo segundo jogo seguido na Série B, o Cruzeiro empatou sem gols, dessa vez contra o Juventude, na noite da última sexta-feira, no Mineirão, para dizer o mínimo. A Raposa poderia, muito bem, ter perdido a peleja que mostrou, mais uma vez, que Luiz Felipe Scolari terá muito trabalho para iniciar a reação no time.
Logo no começo da partida, Renato Cajá poderia ter dado a vantagem ao Juventude, mas parou em Fábio em cobrança de pênalti. O goleiro fez cinco defesas ao longo do duelo para ajudar a manter o 0 a 0.
É verdade que, do outro lado, Marcelo Carné também trabalhou (fez duas grandes defesas em cabeçadas na área), mas fora lances de bola parada, o Cruzeiro não conseguiu assustar muito.
O time celeste teve a bola em seus pés por 56% do tempo, mas conseguiu só três arremates no alvo. Grande responsável pelo setor criativo do time, Régis foi quem mais chutou (cinco chutes), mas não foi o 10 decisivo que se espera (nenhum dos arremates foi no alvo, por exemplo).
Os jogadores que mais tocaram na bola foram os dois zagueiros e Jadsom, o que mostra a lentidão na evolução das jogadas do time. O jovem Airton foi quem mais arriscou lances individuais (tanto que foi quem mais sofreu faltas, cinco), mas tampouco conseguiu fazer a diferença. Perigoso nas bolas paradas, o Cruzeiro criou pouco coletivamente com a bola rolando.
Na defesa, o trio formado por Cacá, Manoel e Ramon foi permissivo diante de um ataque que não tem na velocidade seu principal atributo e sofreu para segurar Dalberto, que acertou três arremates no alvo.
Apesar de alguns pontos positivos (bola parada ofensiva forte, alguns bons momentos de Airton na ponta e um Régis ao menos participativo), o Cruzeiro ainda tem muito o que melhorar para evoluir na Série B. Felipão terá muito trabalho, e o primeiro desafio no comando do time será terça, 21h30, contra o Operário, em Ponta Grossa.
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