Mesut Özil está oficialmente afastado de todas as competições disputadas pelo Arsenal em 2020, e desta vez o jogador decidiu dar resposta. Para o meia, a lealdade que demonstrou em suas oito temporadas no clube não foi correspondida.
A queda de Özil passa pelo desempenho em campo, mas vai muito além disso. O jogador alemão entrou em conflito em diversas ocasiões com donos do Arsenal, direta e indiretamente. Um dos momentos divisivos foi quando o atleta criticou a perseguição da China aos Uigures - com relatos de supostos mal tratos e até campos de trabalho forçado para a etnia. O governo chinês passou a tomar atitudes de represália aos Gunners e chegou a cancelar a exibição de jogos do clube no país. Os dirigentes da equipe inglesa não aprovaram a postura do seu jogador.
Em mensagem publicada nas redes sociais, Özil agora acusa o Arsenal de não recompensar a lealdade dos seus jogadores e expressou todo seu descontentamento.
"Eu estou profundamente desapontado com o fato de não ter sido inscrito para a temporada da Premier League. Quando assinei novo contrato, em 2018, eu jurei minha lealdade e aliança ao clube que amo, Arsenal, e me entristece que isso não tenha sido recíproco. Como eu acabei de descobrir, lealdade é difícil de se encontrar hoje em dia", disparou.
Özil lembrou que estava satisfeito no Arsenal sob o comando de Mikel Arteta antes da pandemia. No entanto, as coisas mudaram, e o meia acabou encostado sem entender os motivos reais para isso.
"O que mais posso dizer? Ainda sinto Londres como minha casa, ainda tenho muitos bons amigos no time, e ainda sinto uma conexão forte com os torcedores do clube. Não importa o que aconteça, eu vou continuar lutando por minha chance e não vou deixar minha oitava temporada no Arsenal terminar desta forma. Eu prometo que essa decisão difícil não vai mudar nada na minha mentalidade - vou continuar a treinar o melhor que posso e sempre que possível vou usar minha voz contra a falta de humanidade e pela justiça", assinou.
Vale lembrar que recentemente Özil, o salário mais alto do Arsenal, se comprometeu a pagar os salários do funcionário que vestia a fantasia do Gunnersaurus, mascote da equipe, demitido após 27 anos no clube, assim como diversos outros funcionários, por conta da pandemia. A ação foi uma forma de apoiar outro funcionário leal ao clube e não correspondido, mas também um ataque para a diretoria do Arsenal.