Jorge Sampaoli deve sentir neste momento uma incômoda sensação de Déjà Vu. Da arrancada para a liderança a uma queda abrupta no fim do turno, a história de 2019, quando comandava o Santos, se repete para o argentino em 2020, no Atlético Mineiro.
Já havíamos aqui chamado a atenção, na 16ª rodada, para as coincidências entre as campanhas, lembrando como o momento havia sido determinante em 2019 no Brasileiro. Ao menos para Sampaoli, a situação vem se confirmando, e pelo lado negativo. Assim como no Santos, o treinador vai vendo a liderança se esvair de suas mãos.
As semelhanças entre as campanhas são evidentes. Santos e Atlético vinham de sequências significativas de vitórias até a 14ª rodada (sete do Peixe e quatro do Galo) quando acabaram derrotados por São Paulo e Fortaleza, respectivamente, dando início a uma fase de decadência e de perda da liderança.
O Atlético ainda reagiu na 15ª rodada ao vencer o Goiás, mas deixou a liderança na 17ª rodada depois de empate com o Fluminense e derrota para o Bahia. Novo empate, com o Sport, deixou o clube atrás de Flamengo e Internacional na liderança, embora com um jogo a menos e possibilidade de retomar a ponta nos critérios de desempate.
Em 2019, o Santos perdeu a liderança uma rodada antes, depois de perder para Cruzeiro e empatar com o Fortaleza. A tendência de queda foi mantida com apenas uma vitória até a 21ª rodada, contra a Chapecoense. O clube até retomou o caminho das vitórias na sequência, sem nunca conseguir retomar a liderança.
A história de 2019 já está escrita e não pode ser alterada. Sampaoli tem agora em 2020 a oportunidade de corrigir os rumos em busca do título. Desta vez, além do Flamengo, o argentino tem o Internacional entre os rivais pelo topo. As próximas rodadas podem ser decisivas na disputa.
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