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    10 jogos de invencilidade e triunfo diante do Corinthians

    A mostra de força do América e da Série B que contrasta com a elite nacional

    O desempenho do América Mineiro em 2020 merece uma maior atenção. O vice-líder da Série B chegou ao ápice na temporada com dez jogos de invencibilidade na vitória diante do Corinthians, pela ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Bem organizados, os times da segundona têm mostrado a tradicionais clubes que a continuidade e a crença no trabalho se traduzem em bom desempenho e resultados.

    Depois da vitória do Cuiabá diante do Botafogo, a quarta-feira (28) viu o América se valer mais uma vez de seu bom sistema defensivo. Com 27 gols sofridos em 38 jogos, o clube mineiro possui média de 0,71 gol sofrido/jogo e atua com solidez para conseguir boa parte de seus triunfos.

    O trabalho de Luiz Carlos Lorenzi, o Lisca, é reconhecido como um dos mais interessantes em 2020, mas, curiosamente, o agora tão elogiado trabalho sequer teria iniciado não fosse uma dose do acaso. No início do ano, Felipe Conceição era o treinador do Coelho quando o Red Bull Bragantino se viu sem comandante com a saída de Antonio Carlos Zago para o futebol japonês. Conceição rumou para o interior de São Paulo, enquanto o América fez a aposta, até aqui certeira, em Lisca.

    No Campeonato Mineiro, Lisca manteve a estrutura do trabalho de Felipe Conceição e chegou até as semifinais da disputa. O Coelho caiu para o Atlético Mineiro e seu elenco de alto investimento, mas demonstrou boa capacidade com um empate diante do Galo na fase de classificação e também na partida de ida das semis, quando perdeu por 2 a 1.

    O início promissor no estadual se traduziu para a Série B. Dono da segunda melhor defesa no certame, com 11 gols sofridos em 20 jogos, média de 0,61/jogo, o América tem se especializado em conter os adversários. Foram sete partidas sem a meta ser vazada e, além disso, o América não sofreu mais de um gol em nenhum desses jogos. A temporada do time mineiro é de 21 vitórias, 12 empates e apenas cinco derrotas.

    Se como um todo o sistema defensivo funciona, também cabe destacar algumas peças individualmente. Formado no América, o volante Zé Ricardo disputou 34 dos 38 jogos do clube no ano e mostra boa transição da defesa para o ataque e qualidade no passe.

    Já no setor de ataque, dois jogadores têm sido os responsáveis por uma parcela considerável dos gols americanos. Na Série B, o atacante Ademir soma quatro gols em nove partidas, enquanto pela Copa do Brasil, Rodolfo já soma quatro tentos e está entre os vice-artilheiros da competição.

    Organização contrasta com clubes tradicionais

    O ano de 2020 também tem ficado marcado pelo bom desempenho dos clubes da Série B em contraste com as mudanças de filosofia e rota nos clubes da primeira divisão.

    À beira do caos, o tradicional Cruzeiro recebeu negativas de Lisca, Marcelo Chamusca e de Umberto Louzer, comandantes dos três primeiros colocados na disputa da Série B. Dos três treinadores, Chamusca é quem está há mais tempo à frente do clube, desde o ano passado. Outras propostas e sondagens apareceram, e o três preferiram a continuidade, até o momento recompensada com resultados.

    Enquanto isso, alguns dos gigantes do Brasil encontram dificuldades para corrigir a rota com o andamento dos campeonatos. O Corinthians, derrotado pelo América, começou a temporada com Tiago Nunes como técnico, teve Dyego Coelho como interino até decidir pelo nome de Vágner Mancini. 

    Já o Botafogo, derrotado pelo Cuiabá, decidiu afastar Bruno Lazaroni do comando e vai para o quarto técnico na temporada. Situação parecida com a do Vasco, que começou o ano com Abel, efetivou Ramon e agora aposta no português Sá Pinto. 

    O Athletico contou com Eduardo Barros, passou por Dorival Junior, e agora conta com Paulo Autuori, ex-Botafogo, no comando. Por fim, o Palmeiras segue sem técnico desde a demissão de Vanderlei Luxemburgo e diversas negativas de técnicos estrangeiros.

    Tamanha rotatividade e pouca confiança nas escolhas faz que alguns dos tradicionais clubes brasileiros continuem derrapando e próximos da parte de baixo da tabela. Com os jogos de volta da Copa do Brasil, veremos se a continuidade e a organização fará estragos diante do impasse dos grandes clubes. Seja qual for o desfecho, América Mineiro e Cuiabá, além da Chapecoense, seguem a passos largos rumo à elite do Brasileirão com um rumo definido, algo que muitos dos grandes carecem nesse momento.

    Brasil
    Lisca
    NomeLuiz Carlos Cirne Lima de Lorenzi
    Data de Nascimento/Idade1972-08-11(51 anos)
    Nacionalidade
    Brasil
    Brasil
    FunçãoTécnico

    Fotografias(13)

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