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      Atuação contra Venezuela era expectável: escalação indicava dificuldades em campo

      2020/11/14 10:48
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      Sem Neymar e Philippe Coutinho, de fora da partida contra a Venezuela, Tite perdeu criatividade e imprevisibilidade. As escolhas do treinador para suprir a ausência dos craques acabaram condicionando a seleção a uma atuação absolutamente burocrática, com muitas dificuldades para vencer a seleção venezuelana. 

      Foi a primeira vez no comando da seleção que Tite escalou no ataque de saída o trio formado por Roberto Firmino, Richarlison e Gabriel Jesus. Tite apostou em presença de área para superar um rival com linhas defensivas afundadas (recuadas quase sempre dentro da própria área). 

      O Brasil teve 74% de posse de bola no final da partida, mas conseguiu apenas três arremates no alvo (de 11 arriscados). Dos três chutes no gol, dois deles foram de fora da área: Firmino até deu trabalho para Fariñez em um deles, e Danilo facilitou a vida do goleiro em outro. 

      O time de Tite não teve profundidade nas jogadas pelos flancos: os laterais tentaram subir para aproveitar três atacantes com boa conclusão na área, mas, diante de uma defesa bem fechada, não conseguiam encontrar soluções. 

      Não faltou mecânica de jogadas ao time de Tite. Os jogadores se movimentaram e buscaram as jogadas coletivas propostas pelo treinador: trocas posicionais dos atacantes, ataque a profundidade dos laterais (principalmente Lodi) e paciência no trabalho da bola. Mas para enfrentar um adversário inteiramente na defesa, jogar só com o manual muitas vezes não funciona. 

      Mesmo que buscasse triangulações, a seleção tendia a centralizar as jogadas e encontrava um muro venezuelano pela frente. O quarto nome ofensivo que poderia desequilibrar, Éverton Ribeiro, atuou onde rende menos no Flamengo: centralizado como o 10. Tite perdeu as principais qualidades de Éverton: a velocidade e os dribles em progressão pelo flanco direito, e o corte da direita para o centro para, com a perna canhota, definir com precisão as jogadas. 

      O Brasil, então, foi previsível. E o próprio Tite não escondeu isso na coletiva após a partida. "Precisávamos, sim, do lance individual". Por isso, Everton e Paquetá foram escolhas para o segundo tempo. 

      Paquetá entrou primeiro, e desequilibrou com um passe arriscado para, enfim, Éverton Ribeiro aparecer onde gosta: na ponta direita. O jogador flamenguista cruzou para Jesus, que desviou para Firmino mandar para a rede. 

      O gol salvou uma atuação fraca, mas previsível se analisarmos a proposta de jogo, as características dos jogadores escolhidos e a estratégia do adversário. 

      Na terça-feira, Tite vai enfrentar novamente uma defesa baixa, compacta e com ainda mais condições de rechaçar os ataques brasileiros. Tite terá um fim de semana para repensar sua proposta. 

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