A Fifa vai revelar nesta quinta-feira, a partir das 15h (de Brasília), os vencedores do "The Best", em reconhecimento aos melhores do mundo na última temporada. Robert Lewandowski, Lionel Messi e Cristiano Ronaldo são os três candidatos na disputa a melhor jogador. A escolha levantou ainda alguma polêmica por conta de nomes importantes que ficaram de fora.
A equipe oGol fez um trabalho de levantamento de dados no período considerado pela Fifa - entre 8 de julho de 2019 a 7 de outubro de 2020 - e preparou os argumentos em defesa de cada um dos candidatos. O leitor pode depois juntar tudo e fazer sua escolha de forma mais embasada.
Aproveitamos para falar também dos três principais concorrentes que ficaram de fora, De Bruyne, Neymar e Mbappé. Teriam sido injustiçados? Confira a nossa análise.
Há um motivo óbvio para Lewandowski ser apontado como o grande favorito ao prêmio de 2020: o polonês vive a melhor fase da sua carreira e só faltou fazer chover. Duvida? Então vamos aos números: 58 jogos, 64 gols, 14 assistências e 5 títulos.
Embora o prêmio da Fifa seja individual, o fato é que historicamente o vencedor precisa ter destaque nas principais competições da temporada. Pois bem, Lewa ganhou tudo que disputou: Supercopa da Alemanha, Copa da Alemanha, Bundesliga, Liga dos Campeões e Supercopa da Europa. De quebra, ainda foi artilheiro da Copa, da Bundesliga e da Champions.
Com números individuais inquestionáveis, atuações decisivas e uma coleção de troféus, não faltam argumentos para Lewandowski.
Quando falamos em títulos, Messi não tem o que apresentar no período analisado pela Fifa. Na realidade, a temporada foi de poucos momentos felizes para o gênio argentino, mas que ele tentou, tentou. Os números provam isso: em 49 jogos, foram 34 gols e 26 assistências.
No fim das contas, o prêmio de melhor do mundo deve ser dado a quem foi o melhor no período. E nenhum dos concorrentes teve de levar nas costas um time caótico dentro e fora de campo, com uma diretoria que chegou a ser acusada de pagar empresa para depreciar seus próprios atletas nas redes sociais, além de troca de técnicos questionável no decorrer da temporada.
No meio de tantas adversidades, Messi ainda conseguiu brilhar. Foi artilheiro e campeão de assistências do Espanhol e carregou um Barça capenga e desmotivado até as quartas de final da Liga dos Campeões. Um esforço que merece ser reconhecido.
Para muitos, os 30 são um marco do início da derrocada. Para Cristiano Ronaldo, com 35, o fim parece ainda muito distante. A máquina de fazer gols segue em ritmo alucinante, e quem imaginou que a mudança para o futebol italiano impediria o craque de manter números astronômicos acabou por se enganar. Em 55 jogos no período avaliado foram 53 gols e seis assistências, além do título Italiano.
Ronaldo não venceu desta vez a Liga dos Campeões, mas vai adicionando gols a seu recorde como goleador histórico da competição. E se o luso já tinha sido campeão italiano em sua primeira temporada com a Juventus, na sua segunda ele mostrou que ainda pode crescer e ter mais protagonismo. Não é fácil ser o cara na Inglaterra, na Espanha e na Itália e, isso, por si só, já justifica a sua presença entre os melhores da temporada.
A ausência de três nomes em especial foi sentida entre os finalistas. Neymar, Mbappé e De Bruyne tiveram grande destaque no período. Deveriam estar ainda na disputa?
Neymar esteve em alta principalmente na reta final da Liga dos Campeões, quando foi destaque do PSG e levou a equipe a final contra o Bayern de Munique. Sua ausência, no entanto, é justificada pelos poucos jogos, por conta do cancelamento do Francês e de lesões: foram 34 jogos, 22 gols e 13 assistências, com três títulos.
Companheiro de Neymar no PSG, Mbappé também teve temporada atrapalhada pelo Coronavírus, mas atuou mais e com números impressionantes, embora não tenha brilhado tanto na reta final. Foram 42 jogos, 33 gols, 17 assistências, além de 3 títulos.
Por fim, De Bruyne pode se gabar de ser o "garçom" entre os seis mencionados. Único a jogar realmente como meia, embora Messi também volta e meia apareça no setor. Foram 58 jogos, 20 gols, 31 assistências e 2 titulos.