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      Futebol Internacional
      Atacante dominou o continente em 2020

      O 2020 soberano de Júnior Negão, o Rei da Ásia

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      2020 foi um ano difícil, de tragédias e perdas. De uma pandemia que mudou o mundo. Mas também nos proporcionou histórias boas, de superação. A do brasileiro Júnior Negão é uma delas. 

      Aos 33 anos, o atacante viveu o ano mais especial da carreira. Marcou 35 gols em 40 jogos, superou a desconfiança e acabou com o principal título do futebol asiático, a Champions League do continente. 

      Inicialmente, uma confissão: Júnior não esperava que 2020 fosse o ano que foi. De altos e baixos, com desafios inesperados, e um final cinematográfico, com a bonança depois da tempestade. 

      "A gente treina, se dedica, faz de tudo para ir bem, fazer um ano bom, ser reconhecido e tudo isso. Mas eu realmente não imaginava que seria um turbilhão de coisas como foi. A gente perder dois títulos em uma semana e ir totalmente desacreditado para a Champions, e conseguir esse título, que é inédito para mim, foi algo abençoado demais. Esse título veio para colocar a cereja no bolo mesmo. É só gratidão pelo ano maravilhoso, apesar de toda a dificuldade que a gente ainda está vivendo. Mas individualmente, o ano foi fantástico e, sem sombra de dúvidas, o melhor ano da minha carreira", confessou o jogador em conversa à reportagem de oGol

      Júnior lembra que a Coreia do Sul foi um dos primeiros países a definir a volta do futebol, ainda em tempos de início de pandemia, com poucas certezas e muitas dúvidas. O brasileiro lembra que tudo foi feito da forma mais minuciosa possível para garantir a segurança de todos os envolvidos com o esporte.  

      "Na época, ninguém sabia o que ia acontecer, o que fazer, que cuidados tomar... Aqui foi discutido isso: se era a hora de voltar. Mas os coreanos são muito cuidadosos, digo até que são um pouco exagerados. E tomaram muito cuidado. Se eles resolveram começar, foi no momento certo, no momento que conseguiram controlar o número de casos com tecnologia, testes em massa, conscientização das pessoas. Isso tudo fez com que eles voltassem antes das outras ligas. Os protocolos foram muito rígidos. De testes, checagem de temperatura o tempo todo, os cuidados nos estádios... Era para justamente dar tranquilidade aos jogadores, aos profissionais que trabalhavam nos estádios... A Coreia voltou no momento certo, com todos os protocolos dando muita tranquilidade aos profissionais que trabalham no futebol", contou. 

      Protagonista do Ulsan Hyundai, Júnior sofreu com uma temporada dominada pelo Jeonbuk Motors na Coreia. No espaço de uma semana, o Ulsan perdeu o Coreano e a Copa da Coreia para os rivais.   

      "Foi mais um ano decepcionante em termos de campeonatos nacionais. A gente liderou o Campeonato Coreano o ano todo. Chegou no final... A Copa também, a gente foi soberano durante toda a competição... Jogamos 27 jogos na liga, 24 rodadas na liderança. Perdemos nos últimos jogos. E ainda perdemos a Copa na mesma semana", recordou.

      O título continental

      O Ulsan não teve muito tempo para lamentar: na semana seguinte, já tinha de jogar a Liga dos Campeões da Ásia. Júnior Negão lembra como o grupo encarou a competição. 

      "A gente foi desacreditado. Tivemos uma reunião bem legal antes do primeiro jogo, onde falamos: 'Não temos mais nada a perder. Vamos para cima, aproveitar a experiência, e vamos ver o que acontece'. Funcionou muito bem. Nosso time jogou leve, com confiança. A gente não tinha a pressão que a gente tinha para ganhar o Coreano. Infelizmente, coreano é assim: se pressionar muito, ele congela. Você tem que ser maleável na hora da cobrança, se não ele acaba se escondendo. Foi isso que a gente tentou fazer, tirar esse peso dos caras e deu certo", confessou. 

      Os sul-coreanos derrubaram Melbourne, Beijing Guoan, Vissel Kobe e Persepolis para faturarem o segundo título continental da história do clube. Negão foi destaque, com gols decisivos no mata-mata. 

      "Eu tentei me preparar muito bem, tanto fisicamente, quanto psicologicamente. Principalmente quando a gente avançou para as oitavas, com uma rodada de antecipação. Eu estava louco para jogar, mas aí tive uma conversa com o treinador e falei: 'Olha, a gente está em uma competição com jogo a cada três dias. Quero ficar de fora desse para recuperar a parte física para entrar no mata-mata realmente o mais descansado possível'. E deu certo. Fiz dois gols nas quartas, um na semifinal e dois na final. Esse final foi bem legal. Nos momentos mais importantes, pude ajudar a conquistar esse título, que foi inédito para mim", ressaltou o brasileiro.

      A fase final da Champions foi disputada no Catar, e Negão relatou como foi jogar nos estádios do país que vai receber a Copa do Mundo de 2022. 

      "Experiência inexplicável. Ter a experiência de jogar nos estádios da Copa, com a tecnologia. Estádios com ar condicionado, enfim... Foi uma experiência muito legal, que vai ficar para o resto da minha vida. Daqui a dez, 15 anos vou lembrar de tudo isso", contou.

      Um ano para recordar

      Artilheiro do Coreano e da Liga dos Campeões da Ásia, com média de 0,88 gol/jogo, Júnior Negão não esconde que viveu, aos 33 anos, o melhor ano da carreira.  

      "Melhor ano da minha carreira em números e conquista também. Ganhar a Champions League Asiática não é para muitos jogadores. Individualmente e coletivamente foi o melhor ano da minha carreira, que vai ficar marcado por coisas boas. Não só o ano da pandemia, com muita tristeza, muitas perdas de amigos, mas dentro de campo, profissionalmente, foi um ano especial que vou lembrar para sempre", garantiu. 

      O futuro do atacante, porém, ainda está em aberto. Negão tem contrato perto do fim com o Ulsan e já recebeu propostas de outras equipes do mercado asiático.  

      "Corre o risco de eu nem participar do Mundial,  porque meu contrato termina dia 18 de janeiro. Tenho de ver e sentar com o clube para decidir o que fazer, o que eles têm em mente. Está tudo indefinido. Tenho algumas propostas da China, de Oriente Médio, mas vou esperar acabar a quarentena, no dia 03 de janeiro, para sentar e decidir", explicou.  

      Brasil
      Júnior Negão
      NomeGleidionor Figueiredo Pinto Júnior
      Data de Nascimento/Idade1986-12-30(37 anos)
      Nacionalidade
      Brasil
      Brasil
      PosiçãoAtacante (Centroavante)

      Fotografias(4)

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