O Palmeiras sofreu. Aguentou o calor do Rio de Janeiro, e alguns bons momentos do Santos em campo. Mas no fim, a torcida, que sofreu durante 90 minutos, vibrou com o gol salvador de Breno Lopes. O herói improvável saiu do banco para, nos acréscimos, marcar o gol que deu ao Verdão o segundo título da Libertadores da história do clube.
Diante de um Maracanã que recebeu cerca de cinco mil convidados, o jogo foi tenso, quente como a temperatura no Rio de Janeiro, e resolvido como um roteiro de hollywood: com drama e reviravolta no fim, e com o surgimento de um herói improvável. O Palmeiras é, mais uma vez, campeão da América!
O Santos adotou postura mais proativa nos primeiros minutos da decisão. Era agressivo com e sem a bola, e o Palmeiras demorou um pouco a se organizar para responder.
Depois de dez minutos de pressão santista, o jogo perdeu em qualidade por conta do clima tenso entre os atletas, que resultou em diversas entradas duras, faltas e mesmo cartões.
Tecnicamente, era uma péssima final. Muitos erros, poucos acertos. Muitas faltas, poucas chances de gol. Podemos usar todos os clichês para definir o primeiro tempo: amarrado, truncado, brigado. Jogado é que não foi.
Raphael Veiga teve uma das poucas boas chances de marcar. Só que a bola caiu na perna direita do meia, canhoto. O chute saiu torto, e John se jogou só para acompanhar a saída da bola.
O Peixe, apesar de um início promissor, terminou o primeiro tempo sem ameaçar Wéverton. 0 a 0 foi o resultado mais justo após 45 minutos de pouco futebol.
A palavra de ordem no segundo tempo foi tranquilidade. Com Sandry recuando para buscar a saída de jogo, o Santos tentou trocar passes com mais calma. O time de Cuca, enfim, voltou a jogar futebol, e ameaçou com Lucas Veríssimo após lançamento de Marinho. O zagueiro, porém, só conseguiu triscar na bola, que saiu em tiro de meta.
A resposta palmeirense foi na bola parada. John mandou abrir em cobrança de falta de longe e Raphael Veiga mandou chute perigoso, por cima da meta santista.
Apesar de algumas interrupções por faltas e contusões, o segundo tempo foi mais jogado na bola do que discutido no grito. O Peixe avançava em campo, enquanto o Palmeiras armava o bote para os contragolpes aproveitando a velocidade de Rony.
Aos 31 minutos, Wéverton foi chamado ao jogo. Pituca mandou forte chute de fora da área, e o goleiro defendeu de manchete. Na sobra, Felipe Jonatan também arriscou, sem acertar o alvo.
Nos minutos finais, o cansaço por uma partida tensa e intensa, disputada diante do sol senegalesco que pairou sobre o Maracanã, começou a falar alto. E o medo de arriscar tudo foi um ingrediente presente nos dois lados. Mas decisão é assim mesmo: o melhor está guardado para o fim.
Ainda restavam alguns minutos de jogo quando, após confusão envolvendo Cuca, expulso, com Marcos Rocha, que recebeu amarelo, a torcida palmeirense deixou de sofrer para vibrar com seu momento de glória. Rony, o nome do time na Libertadores, recebeu bola na direita e cruzou na medida para Breno Lopes, o herói. O ponta, que veio da Série B e entrou no finalzinho, testou no canto, sem chance para John. Ali, o destino escreveu: pela segunda vez na história, o Palmeiras era campeão da América!
1-0 | ||
Breno 90' |