Quando acompanhamos as definições de grupos em competições como a Libertadores, Liga dos Campeões e Copas do Mundo, ficamos sempre na expectativa de um "Grupo da Morte", aquele que deixará os participantes à flor da pele mesmo antes da bola rolar, e com a certeza de emoções de sobra para os torcedores e espectadores. Pois bem, a Série B terá a sua versão "da Morte", com menos vagas para a elite que clubes campeões do Brasileirão.
O rebaixamento desta temporada pandêmica foi duro com campeões nacionais. O Botafogo foi o primeiro a cair, e o Coritiba seguiu o Alvinegro. O Vasco ainda tem matematicamente chances de permanecer na Série A, mas precisa vencer, torcer contra o Fortaleza e ainda tirar 12 gols de saldo na rodada final, um feito que nem mesmo Vanderlei Luxemburgo, técnico do clube, acredita ser possível. Coxa e Bota têm um título cada (desde 71), e o Cruz-Maltino adiciona mais quatro ao total.
Na Série B, o trio de campeões rebaixados vai se juntar a outros dois que não conseguiram voltar a elite. O Cruzeiro, em crise, é tricampeão nacional. O Guarani foi campeão brasileiro em 1978, em um dos maiores feitos da história do torneio.
Além do quinteto de campeões, a Série B de 2021 terá uma série de clubes com histórico na elite nacional, como Vitória, Náutico, Avaí e Ponte Preta. Fora a adição de clubes tradicionais em seus estados e sempre na briga para voos maiores no cenário nacional.
Ao menos no papel, nunca antes na história deste país a Série B teve tanta força. A tarefa de voltar para a Série A não será fácil.