Sem brilho, Brasil vence Zâmbia e vai encarar o Canadá nas quartas

Depois de duas boas atuações contra China e Holanda, o Brasil se poupou contra a Zâmbia, e o resultado foi uma vitória simples e sem brilho, por 1 a 0, mesmo atuando por quase todo jogo com uma jogadora a mais. A rival nas quartas de final será o Canadá.

Com sete pontos, os mesmos da Holanda, o Brasil ficou com a segunda posição por conta do saldo de gols - os holandeses golearam a Zâmbia por 10 a 3 e seria mesmo difícil igualar o feito. Um resultado que, na teoria, pode ter sido até positivo por conta do chaveamento. O Canadá é um adversário duro, mas a seleção holandesa vai encarar os Estados Unidos, maior potência do futebol feminino.

Acidentes de percurso e futebol burocrático

O confronto com a Zâmbia teve aquele gosto estranho, um pouco com cara de amistoso, sem sequer sabermos se uma boa atuação e resultado seria recompensado depois, já que o primeiro lugar da chave teria a missão ingrata de enfrentar os Estados Unidos. Pia Sundhage ainda promoveu uma série de mudanças, já pensando nas quartas de final.

A partida ainda começou movimentada, e a Zâmbia tentou ir ao ataque, mesmo sofrendo com a diferença evidente técnica para um rival mais forte. Mas qualquer emoção que poderia ter o jogo se perdeu aos 10 minutos, quando Ludmila escapou livre na cara do gol e foi travada por trás por Mweemba, chocando-se na sequência com Nali. A goleira foi a nocaute e teve de deixar o campo, entrando Musole. Mweenba foi expulsa e deixou a seleção africana.

Na cobrança da falta, na entrada da área, Andressa Alves mandou no meio do gol e, ainda fria, Musole aceitou. Estava aberta a vantagem que já era esperada.

No fim, o primeiro tempo foi marcado mais pelos acidentes de trabalho do que pelo futebol. Além de Nali e Ludmila, outra dupla se chocou feio antes do intervalo. Bia Zaneratto e Kundananji bateram literalmente cabeças e quem levou a pior foi a brasileira, que deu lugar a Giovana.

O Brasil seguiu dominando a Zâmbia sem correr riscos, como deveria fazer, mas sem criatividade e brilho. As chances até apareceram por conta da fragilidade do rival com 10 em campo. Mas o saldo final foi de decepção. Será preciso fazer muito melhor para bater as canadenses.