Do êxtase à exaustão, a passagem de Renato Gaúcho pelo Flamengo não chegou a durar cinco meses. O treinador, que assumiu o clube em 10 de julho com a expectativa de conquistar a Copa do Brasil, a Libertadores e o Campeonato Brasileiro, deixa o Rubro-Negro com as mãos vazias.
A estabilidade de Renato no comando do Flamengo já era questionada há algum tempo, mesmo antes de perder o título da Libertadores no último sábado (27) para o Palmeiras. Sem convencer no Campeonato Brasileiro, o treinador ficou marcado pela fala: "Quem muito quer, nada tem", utilizada para justificar a queda de rendimento e revezamentos no elenco entre as competições.
Ao todo, Renato dirigiu o Flamengo em 37 oportunidades e saiu vitorioso em 24 delas. O início do trabalho foi animador, e o Flamengo passou a se destacar pelo forte poderio ofensivo. Aos poucos, no entanto, a relação com a torcida e diretoria foi se desgastando até chegar à exaustão.
O técnico, de 59 anos, chegou ao Rubro-Negro com a missão de substituir Rogério Ceni. O antecessor, apesar de ter sido demitido, levou o Flamengo aos títulos do Campeonato Brasileiro, da Supercopa do Brasil e do estadual.
Desde a saída de Jorge Jesus, em julho de 2020, o Flamengo já teve três técnicos. Além de Renato e Rogério, o Rubro-Negro foi comandado também pelo espanhol Domènec Torrent.
O Clube de Regatas do Flamengo informa que, após conversa entre as partes, o técnico Renato Gaúcho não comanda mais o time principal. #CRF
— Flamengo (@Flamengo) November 29, 2021