A temporada é histórica para o América Mineiro. Com a permanência garantida na Série A, após se recuperar de um início ruim, o Coelho agora trabalha por um salto ainda maior. O objetivo é conquistar uma vaga para disputar a primeira edição de Libertadores de sua história. E grande parte destas pretensões americanas passam pelo pé de um jogador em especial: Ademir.
Aos 26 anos, o atacante, que já possui um pré-contrato assinado com o rival Atlético para próxima temporada, está mostrando, em campo, que merece deixar a Arena Independência pela porta da frente. Um dos grandes destaques deste Brasileirão, Ademir é o protagonista desta temporada memorável do clube, e a noite de ontem comprovou este fato outra vez.
Diante da rebaixada Chapecoense, na Arena Independência, ele foi decisivo e abriu caminho para uma vitória tranquila por 3 a 0, resultado que colocou o América na zona classificação para próxima Liberta, dependendo apenas de si para dar um dos maiores passos de sua trajetória centenária.
Com os dois tentos marcados contra a Chape, Ademir chegou a 11 no Brasileiro. Se somadas as três assistências distribuídas ao longo da competição, o atacante acumula 14 participações diretas em gols, o que significa que 35,8% dos gols anotados pelo Coelho na elite tiveram alguma ação decisiva do camisa 10.
Os gols desta terça também fizeram Ademir subir na lista de artilheiros do clube na história do Brasileiro. Com um gol na edição de 2018 e os 11 de 2021, o atacante se igualou a Luiz Carlos Gaúcho, autor de 12 tentos entre 1978 e 1979, e só está abaixo dos ídolos Cândido, que marcou 24 entre 1973 e 1974, e Kempes, que anotou 13 em 20211.
Ademir foi contratado pelo América há três anos, após se destacar na disputa do Mineiro, atuando pelo Patrocinense. Em Belo Horizonte, o jogador demorou para engrenar e teve participação discreta nas duas primeiras temporadas.
A partir de 2020, porém, o atacante assumiu o papel de protagonista para nunca mais largar. Na campanha vitoriosa do acesso, o camisa 10 acumulou boas atuações e foi uma das peças-chave para a ascensão para elite.
Agora, quase de malas prontas para Cidade do Galo, Ademir quer se despedir do Coelho deixando o clube no maior patamar de sua história.