No embalo das SAFs, Carioca volta a ter quatro grandes finalistas

No Carioca, a surpresa é a ausência de surpresas nas semifinais. Depois de três anos sem ter os quatro grandes na disputa, o estadual vai ter só clássicos nas semifinais.

No futebol carioca, apenas o Flamengo vive momento de opulência, com o Fluminense se recuperando aos poucos de grave crise para tentar equilibrar a disputa, ainda muito distante no quesito financeiro. Mais dura que a realidade do Tricolor foi a de Botafogo e Vasco, com quedas na Série B.

A expectativa de criação das novas Sociedades Anônimas de Futebol (SAF) para os alvinegros parece ter renovado os ânimos onde o clima era assustador. O Bota, bem verdade, conseguiu começar a reagir antes até disto, retornando à elite nacional em meio a turbulência, enquanto o Vasco seguiu na segundona. A classificação da dupla para a semifinal pode ser vista como um sinal de melhores tempos por vir, com promessas de investimentos milionários.

Botafogo e Vasco sequer participaram da disputa das semifinais em 2021, com a dupla Fla-Flu tendo de encarar Volta Redonda e Portuguesa. A final foi com clássico e título do hoje mais abastado clube do quarteto.

Em 2020, Bota e Vasco estiveram fora das finais dos dois turnos, com o Alvinegro presente pelo menos na semifinal da Taça Rio (o que o Cruz-Maltino não conseguiu fazer). Fla e Flu fizeram a final e o Rubro-Negro confirmou o favoritismo.

Em 2019, quem ficou de fora dos quatro melhores foi o Botafogo. A final foi entre Fla e Vasco, com vitória do time da Gávea, que havia eliminado o Fluminense antes com empate nas semi (por ter melhor campanha).

É preciso recuar para 2018 para vermos os quatro grandes juntos na disputa. E, na época, Bota e Vasco levaram a melhor sobre a dupla Fla-Flu. Na final, o time de General Severiano sagrou-se campeão sobre o Gigante da Colina, nos pênaltis.

Na semifinal de 2022, a dupla Fla-Flu entra com absoluto favoritismo contra Vasco e Bota, respectivamente. Mas o clima agora é de otimismo para quem vislumbra dias melhores com a entrada de capital de investidores externos. Enquanto as novas SAFs não mudam o elenco, ao menos revigoram as esperanças.