Com a bênção de João de Deus, Flu exorciza o fantasma da LDU e conquista Recopa

O time de guerreiros contou com a bênção de João de Deus, em um final épico no Maracanã, para exorcizar o fantasma da LDU, vencer por 2 a 0, mesmo com a expulsão de John Kennedy, e conquistar a Recopa da Sul-Americana. 

Depois de perder por 1 a 0 no Casa Blanca, O Flu contou com dois gols de Jhon Arias para reverter o quadro no Maracanã e conquistar o título inédito da Recopa. 

Flu de altos e baixos

O Fluminense começou o duelo com uma forte pressão. Usou bem Samuel Xavier pela direita, com o suporte de Arias, e acuou o adversário. A LDU se limitou a sobreviver nos primeiros 15 minutos de bola rolando no Maracanã. 

Martinelli teve uma das chances mais claras do primeiro tempo, ao ficar com sobra de bola na área aos 12 minutos. O volante, porém, acabou bloqueado pelo goleiro Domínguez, que fechou o gol para manter o 0 a 0 tão buscado pelos visitantes. 

Minutos depois, Keno, que tinha pouca companhia por seu lado, conseguiu boa jogada, cortou para o meio e mandou para o gol. Teve tudo para marcar, mas Arias apareceu como um zagueiro para atrapalhar tudo. 

Aos poucos, o Tricolor foi deixando de pressionar. A LDU avançou um pouco no campo e atrapalhou a saída de bola adversária. André e Felipe Melo não conseguiram dar velocidade na primeira fase de construção, e o jogo ficou lento. 

Só depois dos 30 minutos, os cariocas voltaram a ameaçar. Mas em lances isolados. Como quando Cano ficou com sobra de cobrança de falta na área e bateu forte, parando em Domínguez. Ou quando Ganso tentou bater colocado da entrada da área. O goleiro deu dois passos para trás e jogou para escanteio. 

Foi de Cano, já aos 40, a última grande chance. A jogada foi justamente entre Arias e Samuel Xavier na direita. O lateral cruzou e Cano teve a chance de concluir, mas não conseguiu um bom primeiro toque e a finalização saiu fácil para Domínguez. 

O time de guerreiros

Fernando Diniz voltou para o segundo tempo com John Kennedy na vaga de Felipe Melo. André recuou para a zaga, Ganso para o meio e o Flu passou a jogar em um 4-2-4. Como já fez tantas vezes ao longo da última temporada. 

A pressão foi ainda maior. Kennedy teve as primeiras duas chances no segundo tempo, sem acertar o alvo. Nas cordas mais uma vez, a LDU conseguiu sobreviver. A torcida tricolor, então, começou a pedir à bênção a João de Deus. 

Renato Augusto, Marcelo e Douglas Costa entraram em seguida. Na primeira jogada dos três em campo, Marcelo cruzou, Douglas Costa ajeitou e Renato Augusto mandou por cima do alvo. 

A pressão seguiu. Cada vez mais forte. Até que o gol saiu. Samuel Xavier recebeu de Douglas Costa na direita e cruzou para Arias, que apareceu na área e, de cabeça, superou Ramírez para abrir o placar. 

A memória da final da última Libertadores, então, voltou a aparecer. Pouco depois do gol, Kennedy entrou de sola em um adversário e acabou expulso de campo. Com um a menos, o Flu teve que contar com o time de guerreiros. 

Os guerreiros responderam. O Tricolor não parou de atacar. Já aos 41, Renato Augusto recebeu de Douglas Costa na área e acabou derrubado por Valverde: pênalti. Arias chamou a responsabilidade e bateu sem chance para Domínguez: o fantasma da LDU foi exorcizado, e o Maracanã saudou seu time de guerreiros.