Brilho de joia, polêmicas e emoção no fim: Brasil e Espanha empatam no Bernabéu

Após vitória imponente sobre a Inglaterra, em Wembley, o Brasil voltou a ter um grande compromisso nesta Data Fifa, agora diante da tradicional Espanha, no Santiago Bernabéu, em Madri.

Com a bola rolando, o time brasileiro teve dificuldade para neutralizar o intenso jogo de posse de bola dos adversários, sofreu com decisões da arbitragem (que marcou dois pênaltis duvidosos), mas mostrou brio para arrancar um empate no último lance da partida: 3 a 3.

Com o saldo positivo na primeira Data Fifa sob o comando de Dorival Júnior, a seleção brasileira volta a campo nos próximos dia 8 e 12 de junho, quando encara o México e Estados Unidos, respectivamente, nos últimos amistosos antes da disputa da Copa América.

Domínio espanhol

Soberana, a Espanha impôs seu ritmo e, de forma avassaladora, controlou toda a primeira etapa. Com a marcação ajustada (e bem adiantada), o time espanhol não deu sossego para construção do jogo brasileiro e, com muito volume pelos lados, criou espaços com facilidade.

Tanto que logo aos nove, o adolescente Lamine Yamal disparou pela direita, invadiu a área, dividiu com João Gomes e caiu pedindo pênalti. O árbitro, sem muita convicção, marcou. Na cobrança, Rodri bateu no meio do gol e tirou de Bento: 1 a 0.

O primeiro gol deu ainda mais confiança para Espanha seguir dominando as ações. Com tranquilidade para trabalhar a bola no ataque, o time de Luis de la Fuente seguiu em cima até ampliar a vantagem.

Aos 36, Yamal recebeu com liberdade outra vez pela direita, levantou a cabeça e enfiou para Dani Olmo. O camisa 10 dominou na área, deu uma caneta em Beraldo, passou por Bruno Guimarães e bateu no canto, marcando um golaço.

Apesar de toda apatia, o Brasil recebeu um presente antes do intervalo e se manteve vivo na partida. O Unai Simón tentou sair jogando na área espanhola e entregou nos pés de Rodrygo, que, com categoria, tocou por cobertura: 2 a 1.

Protagonismo da arbitragem 

No segundo tempo, Dorival Júnior promoveu quatro mudanças na seleção brasileiras, entre elas a entrada do jovem Endrick, que, mais uma vez, precisou de pouco tempo em campo para mostrar o que o futuro tem reservado para o Brasil.

Com apenas cinco da etapa complementar, após cruzamento da esquerda, a bola ficou viva na área espanhola e se ofereceu para a joia palmeirense. Atento, o futuro jogador do Real Madrid não titubeou e bateu de primeira, sem chances para Unai Simón.

A igualdade provocou uma virada de chave no panorama da partida, e o selecionado canarinho passou a figurar com mais frequência no ataque. Rodrygo teve a chance de marcar o gol da virada, após linda jogada individual pela direita, mas parou no goleiro.

A reação brasileira, entretanto, não cresceu o suficiente para apagar o jogo da Espanha, que, com o passar do tempo, recuperou o domínio do jogo, voltou a pressionar e, com a ajuda da arbitragem, chegou ao terceiro gol.  Aos 39, após bom passe de Yamal pela direita, Carvajal se chocou com Beraldo, ficou no chão e o árbitro marcou pênalti. Incrível. Rodri, que nada tem a ver com isso, balançou as redes mais uma vez.

O cenário adverso não tirou as esperanças do Brasil, que tentou suas últimas fichas nos acréscimos e foi premiado com uma penalidade, a terceira da partida, no último lance do jogo. Aos 49, Galeno ganhou dividida na área e foi derrubado por Carvajal. Lucas Paquetá chamou a responsabilidade, deslocou o goleiro e deu números finais à partida: 3 a 3.