Brasil joga mal, empata com o Iraque e complica sonho olímpico

A seleção brasileira masculina não para de surpreender negativamente a sua torcida. Neste domingo, contra o Iraque, o Brasil não saiu do 0 a 0, no Mané Garrincha, e completou 180 minutos sem gol e com a classificação em risco.

O sonho do ouro olímpico vai se transformando em mais um pesadelo para o futebol brasileiro. Favorita antes do início do torneio, a seleção brasileira ainda não venceu em dois jogos e sequer marcou gol. Empatado com dois pontos com o Iraque, o Brasil precisa vencer para seguir vivo na disputa por medalha.

Organizado, Iraque quase surpreende

Vontade não faltou ao Brasil no início da partida, mas a equipe de Rogério Micale entrou afobada, com mais correria que inteligência e organização. O Iraque, apesar das limitações técnicas, mostrou estar melhor preparado para a partida, embora tenha abusado da catimba.

Aos 11 minutos, a seleção iraquiana por muito pouco não surpreendeu o Brasil. Em jogada iniciada em cobrança de lateral, Weverton saiu errado e Abdul-Raheem se antecipou para tocar de cabeça. A bola tocou a trave e a defesa brasileira afastou o perigo na sobra.

O susto não acordou o Brasil. Pelo contrário, com Neymar e Gabriel Jesus isolados e estáticos, Felipe Anderson e Renato Augusto incapazes de criarem jogadas, Gabriel Barbosa foi o único a buscar o jogo e ficou sobrecarregado. Uma atuação assustadoramente ruim da seleção até os 30 minutos.

Aos poucos, o nervosismo diminuiu e o Brasil conseguiu, ao menos, começar a trocar passes de forma organizada. Gabriel Jesus começou a aparecer com mais frequência e passou perto do gol após girar sobre a defesa e depois em cabeçada ao lado do gol.

Antes do intervalo, Renato Augusto teve a melhor oportunidade da primeira etapa, em sobra de bola na área. O meia bateu forte e acertou o travessão.

Brasil joga mal e torcida muda de lado

Luan voltou para o segundo tempo no lugar do apagado Felipe Anderson. O atacante gremista até buscou mais o jogo que o titular, porém não o suficiente para fazer a seleção criar chances claras de gol. Depois foi a vez de Gabriel Jesus sair - entrou Rafinha - mas o futebol brasileiro seguiu sendo precário.

Aos poucos, a torcida, que até apoiou a maior parte do tempo, apesar do futebol decepcionante, mudou de lado. Adnan, driblando oponentes com facilidade no meio-campo, trouxe o estádio para o seu lado, embora o Iraque também não tenha criado uma boa oportunidade para marcar na segunda etapa.

O árbitro ainda deu sete minutos de acréscimos no fim, para compensar o incrível tempo gasto pelo Iraque a cada bola parada. Nestes últimos instantes, o Brasil conseguiu encaixar um bom contra-ataque. William avançou até a área pela direita e cruzou para o centro. Renato Augusto, com o gol vazio, perdeu o tempo da bola e mandou por cima do gol. A seleção não merecia a vitória...