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      Vicente Feola: o primeiro técnico campeão mundial com o Brasil

      Texto por Carlos Ramos
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      Vicente Feola ficou marcado na história como o primeiro técnico campeão mundial com a seleção brasileira, mas não só por isso. Um sujeito obeso, de 150 kg, que cochilava durante algumas partidas, foi um dos grandes técnicos da história do nosso futebol, com passagem marcante também no São Paulo. 

      Apesar de sua figura caricata, com seu sobrepeso e as tantas histórias de quando cochilava durante as partidas (devido aos muitos medicamentos que tomava por conta de problemas nos rins), Feola foi um técnico mais que respeitável no futebol brasileiro por seus feitos. 

      Feola tinha métodos avançados demais para a época. Mudou o posicionamento de Zagallo na seleção e bateu pé firme para João Havelange deixá-lo convocar o jovem Pelé para a Copa de 1958. Pelé estava lesionado, mas foi levado por Feola e se tornou o grande nome daquela Copa.

      O técnico tinha excelente gosto para jogadores, por sinal. Além de ter sido importante para o sucesso de Pelé na Copa de 58, confiando um lugar entre os titulares ao jovem de 17 anos, foi o responsável por levar Leônidas da Silva do Flamengo para o São Paulo na década de 1940. 

      No Tricolor, Feola era uma espécie de faz tudo: foi contratado como funcionário administrativo, mas assumiu por diversas vezes o comando técnico da equipe. Foram oito passagens no comando do São Paulo como treinador. Segundo as contas do clube, foram 532 partidas de Feola no banco são-paulino, desde 1937 até 1965. 

      Entre algumas paradas sem dirigir o Tricolor, Feola passou pela seleção brasileira. Antes de ser o técnico principal, Feola chegou a trabalhar como auxiliar na comissão de Flávio Costa na Copa de 1950. Viu de perto o Maracanazo, chorou, mas acabou sorrindo anos mais tarde com a glória do título na Suécia. 

      Vicente  Feola foi o comandante da seleção brasileira para a Copa do Mundo de 1958, na Suécia. Teimou com João Havelange a convocação de Pelé, machucado no último amistoso antes do embarque, e acabou apresentando ao mundo o maior jogador de todos os tempos. 

      Durante o Mundial, Feola fez mudanças importantes na seleção. Usou Zagallo na ponta esquerda como ponto de equilíbrio, pela capacidade do jogador do Flamengo em recompor na marcação para dar liberdade a Mané Garrincha do outro lado. E deixou Pelé brilhar ao lado de Mané. 

      Feola seria o treinador da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1962, mas uma doença o impediu de comandar o time naquele ano. Entre uma passagem e outra pelo São Paulo, e uma experiência no Boca Juniors, da Argentina, o treinador voltou a comandar o Brasil em 1966, na Inglaterra, mas o time acabou decepcionando em campanha abaixo do esperado.  

      Antes da Copa na Terra da Rainha, Feola convocou um grupo com mais de 40 nomes para treinamentos. O time escolhido tinha a base campeã em 1958, com sete dos titulares da final contra a Suécia na lista. A campanha acabou com a derrota para Portugal, de Eusébio, por 3 a 1, no campo de Goodison Park, com dois gols do Pantera Negra. 

      Vicente Feola não voltaria a comandar a seleção brasileira, mas seguiu como figura importante no ambiente da seleção. O técnico Zagallo pedia muitos conselhos a ele durante a Copa do Mundo de 1970, no México, que acabou com o tricampeonato brasileiro. Após deixar um legado importante para o futebol no país, Feola faleceu em seis de novembro de 1975. 

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