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Xabi Alonso: o último 'gentleman' do futebol

Texto por Carlos Ramos
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Futebol e arte. Uma mistura pouco comum no século XXI, mas presente por toda a carreira de Xabi Alonso. A elegância estava intrínseca no jogo do meia, que, além de muita classe, colecionou os maiores troféus do futebol. 

Para muitos, um grande time começa com um grande goleiro. Mas Liverpool, Real Madrid e Bayern de Munique pensaram um pouco diferente: um grande time começava com Xabi Alonso. Os troféus viriam a seguir. 

Elegância até o fim

Desde o início da carreira, Xabi, basco de Tolosa, sobressaiu pela sua categoria. A tranquilidade com que jogava assustava a muitos. A elegância do jogo com a cabeça em pé encantou inicialmente na Real Sociedad. 

O que marca a carreira de Xabi é que, mesmo sem correr muito em campo, ele fazia qualquer time funcionar perfeitamente. "Sigo sendo tão lento como com 20 anos", disse o jogador no ano de sua aposentadoria. Afinal, quem corre é a bola. Xabi era "apenas" um facilitador. E tudo parecia tão fácil... 

Cavalheiro na revolução

O ponto mais chamativo da carreira de Xabi talvez tenha sido seu controle em meio a revolta. Sob qualquer situação de jogo, esquema e filosofia, fazia questão de dominar o meio-campo elegantemente. Os resultados eram apenas um detalhe. 

O começo foi na Real Sociedad, de seu pai, Periko Alonso, que fora bicampeão espanhol pelo clube na década de 1980. Foram mais de 100 jogos pela Real até Alonso ir para o futebol inglês jogar a Premier League, a liga mais intensa do futebol europeu. 

Lá, não mudou seu estilo de jogo. Nem quando o Liverpool perdia por 3 a 0 para o Milan na final da Liga dos Campeões. Com toda sua calma, e elegância, ajudou no histórico empate, que terminou com título dos Reds em Istambul. Na Inglaterra, Xabi foi campeão da Copa da Inglaterra e da Supercopa. Foram 210 jogos pelo Liverpool, entre eles a derrota na final do Mundial, para o São Paulo. 

Alonso manteve a tranquilidade, e a categoria, no retorno para a Espanha. Foi peça determinante no Real Madrid que dominaria a Europa. Conquistou o Espanhol e duas vezes a Copa do Rei, além da Supercopa. Foram 236 jogos, 30 deles contra o Barcelona. Nessa época, Xabi Alonso desafiava o tiquitaca de Guardiola. 

Por outro lado, Xabi fez fluir o tiquitaca da Espanha no bicampeonato europeu e no título da Copa do Mundo de 2010. Um dos grandes nomes da história do futebol no país, o meia fez 114 jogos pela Fúria. 

Xabi era sempre a calmaria em meio ao caos. Se dava a bola a velocidade que Mourinho queria nos tempos de Real Madrid, a fazia rodar o campo com qualidade sob o comando de Pep Guardiola nos tempos de Bayern de Munique. Na Alemanha, encerrou a carreira após o tricampeonato da Bundesliga.

Em março de 2017, Xabi Alonso pediu para sua esposa, Nagore, o tirar uma foto. Postou-a no Twitter, com a seguinte frase: "O vivi, o adorei. Até logo, jogo charmoso". Desde então, o futebol sente falta de sua elegância. Se despediu, então, o último gentleman do futebol. 

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