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    Bahia

    Texto por Carlos Ramos
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    O Esporte Clube Bahia começou a ser projetado em 08 de dezembro de 1930. Foi quando então quatro ex-jogadores do Clube Bahiano de Tênis (Carlos Koch, Eugênio Walter, o Guarany, Fernando Tude e Júlio Almeida) e um da Associação Atlética da Bahia (Waldemar de Azevedo) se reuniram para discutir a criação de um novo clube.

    Com o fim do futebol nas duas equipes, atletas da época buscavam saídas para se manterem ativos no futebol. Ainda em 1930 ficaram definidas as cores do novo clube, com a camisa branca, o calção azul e uma faixa vermelha na cintura. 

    Otavio Carvalho foi o responsável pelas reuniões até que, em 1º de janeiro de 1931, foi fundado o Esporte Clube Bahia. Sob o slogan de "Nascido para vencer", o clube teve Waldemar Costa como o primeiro presidente. 

    Em fevereiro, a equipe já estava filiada à Liga Bahiana de Desportos Terrestres, futura Federação Bahiana de Futebol, e começou a treinar no antigo campo da Associação Atlética da Bahia, em Salvador. 

    O primeiro jogo aconteceu dia 1º de março, contra o Ypiranga. O duelo terminou com vitória da equipe tricolor, por 2 a 0. Bayma e Guarany marcaram os primeiros tentos do time, em duelo válido pelo Torneio de Início do Estadual, que acabou conquistado pelo Bahia. 

    Naquele mesmo ano, o recém-fundado Bahia fez seu primeiro jogo no Campeonato Baiano, a primeira partida fora de Salvador, o primeiro jogo internacional (contra o Sud América, do Uruguai) e a primeira partida fora da Bahia, diante do Sergipe, em Aracajú.

    Um ano tão intenso acabou com o título do Estadual, o primeiro da história do clube, que veio ainda com duas rodadas de antecedência. De fato, o Tricolor nasceu para vencer... 

    Soberano na Bahia, campeão nacional

    O Bahia conquistou a soberania na Bahia e, nas décadas de 1930 e 1940, conquistou o Baiano 12 vezes. Na década de 1950, o clube deu passos para se tornar grande também fora do Estado. 

    1959 foi, talvez, o grande ano da história do clube. O time, comandado por Carlito naquela década, talvez o grande jogador da história do Tricolor, foi campeão baiano e rompeu as barreiras do Estado ao conquistar o Torneio dos Campeões do Nordeste. 

    Naquele ano, que foi glorioso para os baianos, o Brasil reuniu os 15 principais campeões estaduais na Taça Brasil, o primeiro grande torneio nacional com tantos representantes. Carlito já se preparava para o adeus ao futebol e Leo Briglia despontava como o novo camisa 9. 

    O Bahia deixou para trás CSA, Ceará, Sport e Vasco até chegar na decisão. O adversário era um dos grandes times do futebol brasileiro: o Santos, que já tinha o Rei Pelé, Pepe, Coutinho, Dorval, Zito e companhia. Foram três jogaços. 

    Três porque o Tricolor venceu na Vila e o Peixe na Fonte Nova. A terceira partida foi disputada no Maracanã, e foi um pouco confusa. Sem Pelé, o Santos teve três jogadores expulsos e acabou perdendo por 3 a 1. Leo Briglia marcou um dos gols, e Alencar definiu o título. 

    De novo no topo

    Os baianos voltariam ao topo do Brasil quase três décadas depois. O time já não era uma unanimidade, mas acabou surpreendendo. No Brasileiro de 1988, o Tricolor passou para as quartas de final com campanha irregular na primeira fase. 

    Naquele brasileiro, a primeira fase não aceitava empate. Caso houvesse igualdade nos 90 minutos, haveria disputa de pênaltis. Nas penalidades, o Tricolor bateu Vasco e Guarani, e acabou indo para as quartas para pegar o Sport. 

    De novo, o time não convenceu. Após 0 a 0 na Ilha do Retiro, a equipe tricolor não foi bem na Fonte Nova após 1 a 1. O jogo foi para a prorrogação. Nando quase deu a vitória ao Sport, mas Ronaldo evitou o gol e, mantido o empate, o Tricolor avançou.

    Na semifinal, a vaga veio após sofrido 2 a 1 sobre o Fluminense, diante de mais de 100 mil pessoas na Fonte Nova. O estádio voltou a ficar lotado para a final, e Bobô foi o herói da virada sobre o Internacional, por 2 a 1. Em Porto Alegre, um 0 a 0 colocou o Bahia de novo no topo do país. 

    Desde então, o Tricolor nunca mais foi campeão brasileiro. Chegou a sofrer com rebaixamentos, mas manteve sua história vitoriosa na Bahia e no Estado, com títulos baianos e da Copa do Nordeste. Afinal, o Bahia nasceu para vencer. 

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