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Ademir Menezes, o Queixada

Texto por Carlos Ramos
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Ademir Menezes foi, para quem o viu jogar, um dos melhores atacantes brasileiros. Artilheiro da Copa de 1950, foi ídolo no Sport Recife e no Vasco, foi campeão pelo Fluminense e entrou para a história como um dos grandes craques do futebol brasileiro. 

O recifense Ademir começou a carreira no Centro Esportivo do Pina na metade dos anos 1930. Ainda na base, foi jogar no Sport. E no Leão o atacante foi o terror dos adversários, sendo campeão pernambucano logo no primeiro ano como profissional. 

Ademir era um atacante que fazia todas as funções na frente e chutava com as duas pernas. Em 1941, o Leão foi campeão pernambucano invicto. O jogo mais marcante da campanha foi uma goleada por 8 a 1 sobre o rival, Náutico, com três de Ademir. 

No ano seguinte, o Rubro-Negro, novamente campeão estadual, fez uma excursão pelo Brasil. Fez grandes jogos contra as principais equipes do país, e um ficou marcado em especial. Foi uma vitória pernambucana sobre o Vasco, por 5 a 4. O Cruz-Maltino chegou a abrir 3 a 0, mas, com três gols e uma assistência, Ademir virou o jogo para o Sport. Os cariocas tiveram de o levar para São Januário. 

Ídolo na Colina e campeão no Flu

O Vasco estava em crise naquele início de década de 1940. Ademir era uma das novidades que tentavam sacudir o time. Na mesma época, chegaram os Três Patetas: Lelé, Isaías e Jair da Rosa Pinto, vindos do Madureira, e Djalma, que fora companheiro de Ademir em Recife. 

O Cruz-Maltino começou, então, a montar o Expresso da Vitória, um dos principais times da história do clube. Em 1945, Ademir foi o artilheiro do time que foi campeão carioca invicto. No Rio de Janeiro, Ademir Menezes era o dono da bola. 

O Fluminense, então, ficou logo de olho. Até hoje, uma frase que acabou atribuída ao técnico recifense Gentil Cardoso ficou marcada: "Deem-me Ademir, que eu lhes darei o campeonato". Por mais que a frase provavelmente nunca tenha sido dita, já que o atacante chegou antes do treinador nas Laranjeiras, o Flu foi atrás do craque, levou Ademir para as Laranjeiras em transação milionária na época e foi campeão carioca em 1946. O gol do título foi do Queixada. 

"O Fluminense é um dos maiores clubes do futebol brasileiro, mas o Vasco me domina". Assim, Ademir voltou para a Colina em 1948. Naquele ano, ajudou o Vasco a viver um dos grandes anos de sua história: o Expresso da Vitória levou o clube ao título do Sul-Americano, deixando para trás favoritos como River Plate e Nacional. Ademir encantou a América. 

O artilheiro da Copa de 1950

Ademir chegou na Copa de 1950 em alta. Já era um ídolo consolidado em São Januário e jogador importante na própria seleção. Um ano antes, em 1949, marcou sete gols em cinco jogos na conquista da Copa América, torneio que disputara pela terceira vez. 

A Copa disputada no Brasil começou com festa por causa de Ademir. Contra o México, o Brasil acabou goleando, por 4 a 0, e o Queixada fez dois gols. Os brasileiros encararam dificuldades com empate em 2 a 2 contra a Suíça, mas Ademir voltou a marcar na vitória sobre a Iugoslávia. 

Contra Suécia e Espanha, foi um atropelo. Ademir fez quatro contra os suecos, em goleada por 7 a 1, e dois no "olé" do Maracanã contra os espanhóis (6 a 1). Veio, então, a grande final, contra o Uruguai. E o final todos nós sabemos... 

Ademir recebeu marcação severa dos uruguaios e viu Alcides Ghiggia calar o Maraca no chamado Maracanazzo. O Queixada, entretanto, terminou aquela Copa como artilheiro, com nove gols.

O Queixada ainda voltaria a ser campeão carioca pelo Vasco (foram cinco títulos no total) e retornaria a Recife para encerrar a carreira pelo Sport. Depois, virou comentarista, até nos deixar em 1996, com um grande legado. 

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Ademir (BRA)
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