O estádio de Rasunda ficará para sempre marcado a história do futebol brasileiro. Foi nele que, no dia 29 de junho de 1958, a seleção brasileira goleou a Suécia, por 5 a 2, para conquistar a Copa do Mundo pela primeira vez.
Com um rei nascendo e um entorno de craques, a seleção brasileira chegou naquela final após uma goleada de 5 a 2 na França de Kopa e Fontaine. Do outro lado estava um dos grandes times da história do futebol sueco, que derrubou as gigantes União Soviética e Alemanha.
O jogo foi, para muitos, um poema recitado em campo. Recitado, diga-se, em português. A seleção brasileira apresentou um futebol dos sonhos e atropelou os donos da casa com muita classe, mas não sem antes levar um susto.
Nils Liedholm recebeu na entrada da área, levou para a perna direita e abriu o placar para os suecos. Só que os brasileiros não abaixaram a cabeça: Didi pegou a bola nas redes, colocou debaixo do braço e acalmou o time.
Didi foi o mestre; Garrincha, o gênio. Com suas pernas tortas, o ponta se livrou da marcação como quis aos nove minutos e cruzou para Vavá empurrar para as redes, igualando as coisas.
A virada veio em uma jogada idêntica: Garrinha levou para a direita, bateu cruzado e Vavá apareceu mais uma vez na área para se jogar na bola e balançar a rede.
O jogo, então, virou pura arte. Didi fez o cruzamento na área, Pelé matou no peito, deu um chapéu no defensor e finalizou sem a bola cair no chão: foi o gol mais antológico das finais de Copa.
Os suecos se derreteram em campo e nas arquibancadas. Garrincha quase fez o dele ao mandar um toque sutil por cobertura, mas Karl Svensson desviou e a bola ainda tocou no travessão.
Só que Svensson não impediria a goleada no segundo tempo. Zagallo ganhou dividida na canhota e marcou o quarto. Simonsson ainda descontou mas Pelé, já nos acréscimos, fechou a conta em 5 a 2. O Brasil era, pela primeira vez, campeão do mundo.
5-2 | ||
Vavá 9' 32' Pelé 55' 90' Mário Zagallo 68' | Nils Liedholm 3' Agne Simonsson 80' |