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      O dia em que Ronaldo pôs o Old Trafford a aplaudi-lo de pé

      Texto por Paulo Mangerotti
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      As quartas de final da Liga dos Campeões 2002/2003 já tinham algo de especial mesmo antes de a bola rolar. De um lado, estava o Manchester United de Sir Alex Ferguson, do outro, o detentor do título na temporada anterior, o Real Madrid de Casillas, Roberto Carlos, Figo, Zidane e com a adição recente de mais um craque, Ronaldo, o Fenômeno.

      O Real chegou para o confronto decisivo com a vantagem do triunfo por 3 a 1 conquistado duas semanas antes, na partida de ida, no Santiago Bernabéu. Os Red Devils, porém, não haveriam de se intimidar. Vinham em uma crescente na Premier League - que acabariam por conquistar ao final daquela temporada -, e não deixavam por menos em termos de craques, era o time de Ryan Giggs, David Beckham e Ruud van Nistelrooy.

      Do ambiente hostil à ovação

      O Teatro dos Sonhos estava lotado naquela tarde de quarta-feira, 23 de abril de 2003. Os torcedores do Manchester United estavam esperançosos em avançar na Liga dos Campeões, afinal o time era um dos favoritos a levantar o caneco naquele ano.

      No entanto, bastaram alguns minutos depois do apito inicial para os ingleses perceberem que aquele não seria um dia fácil.

      Quem abriu o placar foram os Merengues: uma assistência milimétrica de Guti para Ronaldo e o brasileiro nem precisou dominar. De bico, da entrada da área, como já havia mostrado ao mundo na Copa de um ano antes, o Fenômeno abriu o placar. O United igualaria o marcador ainda na primeira etapa, com van Nistelrooy, artilheiro daquela Champions.

      Logo na volta para o segundo tempo, muito antes de o Barcelona mostrar ao mundo o conceito de Tiki-taka, o Real aplicou algo parecido em Manchester. Foram 14 passes trocados num intervalo de 40 segundos, a bola passou de Zidane para Figo, de Figo para Guti, de Guti para Zidane, de Zidane para Roberto Carlos e... Bastou rolar para Ronaldo, bem posicionado, devolver os espanhóis para a frente do placar, 2 a 1.

      O jogo não estava decidido. Minutos depois, os ingleses chegariam ao empate após falha da defesa do Real. Ronaldo teria que resolver a parada. O R9 pegou a bola na intermediária, avançou em velocidade, deixou para trás um marcador e bateu com estilo de fora da área. Hat-trick e missão cumprida.

      O brasileiro foi substituído e aplaudido de pé pelos 70 mil torcedores no estádio.

      Quase um novo protagonista

      Ronaldo deixou o gramado aos 22 minutos do segundo tempo, com a vantagem de 3 a 2 em Old Trafford (confortável também no placar acumulado, de 6 a 3 até então). Só que Vicente del Bosque, comandante do Real, não esperava uma impressionante reação do United com a entrada de uma estrela vinda do banco. Era David Beckham, que naquele momento tinha uma relação conturbada com Alex Ferguson.

      O inglês recolocou os Red Devils no páreo ao seu melhor estilo: numa cobrança de falta que deixou Casillas estático. A cinco minutos do fim da partida, Beckham marcou novamente, desta vez como oportunista, numa bola que sobrou para ele dentro da pequena área.

      Antes do apito final, Beckham ainda quase roubou a estrela de Ronaldo, em mais um tiro livre, que passou raspando por cima da trave. Seria o empate no confronto somado. Mas a tarde de 23 de abril de 2003 teve um dono, e ninguém duvida que foi Ronaldo.

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      jogos históricos
      U Quarta, 23 Abril 2003 - 15:45
      Old Trafford
      Pierluigi Collina
      4-3
      Ruud van Nistelrooy 43'
      David Beckham 71' 85'
      Ronaldo 12' 50' 59'
      Iván Helguera 52' (g.c.)
      Estádio
      Old Trafford
      Old Trafford
      Inglaterra
      Manchester
      Lotação75643
      Medidas105x68m
      Ano de Inauguração1910