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    Times Históricos
    Esquadrões Históricos

    O Botafogo de Garrincha: 1957-68

    Texto por Carlos Ramos
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    O Anjo das Pernas tortas desembarcou em General Severiano em 1953. Desde então, e por uma década, levou os torcedores botafoguenses ao céu, com companhias (quase santidades) não menos importantes como Nilton Santos, Manga, Didi, Zagallo, Jairzinho, Gerson... 

    Só de ouvir esses nomes você já sabe que se trata de uma seleção, embora estejamos falando de um clube. Um clube de uma Estrela Solitária só no escudo, porque em campo, as estrelas não eram poucas... 

    O início do esquadrão

    Garrincha chegou em General Severiano em 1953, mas o esquadrão demorou ainda alguns anos até ser lapidado. E o foi por João Saldanha, um dos cronistas esportivos mais famosos do Rio de Janeiro. 

    Saldanha começou a comandar o Alvinegro em 1957. Montou o time dos sonhos, e colocou em campo tudo o que defendia em suas crônicas: um time que jogava pela arte, jogava pelos gols, jogava pelo show. 

    Em 57, o Botafogo já tinha Nilton Santos, Didi, Quarentinha e Garrincha. Os quatro pilares conseguiram a primeira grande façanha daquele esquadrão: o Campeonato Carioca de 1957. 

    Não podemos esquecer, também, do artilheiro Paulo Valentim. No jogo do título, uma goleada de 6 a 2 sobre o Fluminense, Valentim fez cinco gols. Foi um verdadeiro baile. 

    O show tem que continuar 

    Do Botafogo, de Saldanha, a seleção brasileira montou a base do time campeão do mundo em 1958, com os reforços de outro esquadrão do futebol brasileiro na década: o Santos, do menino Pelé. 

    Os dribles desconcertantes de Garrincha ganharam o mundo, assim como o Botafogo, que passou a fazer excursões no exterior para desfilar sua arte pelo mundo. Em 1959, por exemplo, decidiu o Teresa Herrera, na Espanha, contra o Santos, de Pelé, mas acabou derrotado. 

    Os títulos voltaram em 1961, com nova conquista do Campeonato Carioca. 1962 foi ainda mais brilhante: o Botafogo, novamente a base da seleção campeã do mundo, faturou não apenas o Carioca, como também o Rio-São Paulo, em cima do Palmeiras. 

    Foi o ano também de novo desafio ao Santos, de Pelé. O Glorioso eliminou o Internacional na semifinal da Taça Brasil, mas perdeu a decisão para o Peixe no jogo desempate (a final, apesar de se tratar do campeonato de 62, foi jogada só em 63). 

    Outro duelo marcante contra o Santos, de Pelé, aconteceu no mesmo ano de 1963. Os alvinegros foram os representantes brasileiros naquela Libertadores. 

    O Bota liderou o seu grupo, sem dar chances para Alianza Lima e Millionarios. O Peixe, atual campeão, já entrou no mata-mata, e foi o adversário carioca nas semifinais. 

    De um lado, Pelé. Do outro, Garrincha. A dupla, que nunca perdeu um jogo junta na seleção brasileira, disputou a América. 1 a 1 na ida, mas na volta, o baile do Rei: três gols de Pelé, vitória santista por 4 a 0 e eliminação botafoguense. 

    Enfim, vitória sobre o Santos 

    1964 foi o ano em que o Botafogo conseguiu, enfim, superar o Santos. Os dois times terminaram empatados no Rio-São Paulo e tiveram de fazer uma final para decidir o torneio. 

    Na primeira partida da decisão, o Glorioso venceu por 3 a 2. O jogo da volta, entretanto, não aconteceu: como a agenda de viagens e excursões dos clubes eram tão grandes que a decisão foi dividir o título. 

    Novas caras e o título brasileiro 

    Na segunda metade do século, o Botafogo já não tinha lendas como Nilton Santos e Garrincha, mas ganhou novos nomes, como Gerson, Jairzinho e Paulo César Caju. 

    Conquistou o Rio-São Paulo de 1966, os cariocas de 1967 e 1968 e, no mesmo ano de 1968, talvez a maior glória daquele esquadrão: a Taça Brasil. 

    Se não conseguira superar o Santos de Pelé com Garrincha, o Glorioso aproveitou a ausência do Peixe na Taça Brasil de 1968 para, enfim, se sagrar campeão. 

    Comandado por Zagallo, campeão como jogador e técnico nesse esquadrão, o time derrubou o Cruzeiro na semifinal e na decisão bateu de forma categórica o Fortaleza, com um 4 a 0 que não deixou dúvidas. Foi o último ato do Botafogo, de Garrincha, campeão justamente já sem o Mané, que na época foi jogar na Colômbia. 

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