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    Copa do Mundo 1986: Quando o Diós subiu ao Olimpo

    Texto por ogol.com.br
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    A Copa do Mundo de 1986 foi uma das mais mágicas da história. Foi quando o mais humano dos Deuses subiu ao Olimpo para dar ao povo argentino a glória de se proclamar campeão mundial mais uma vez. 

    Naquele ano, o Mundial havia voltado ao México. O México, que 16 anos antes havia visto a consagração do Rei Pelé, em 1986 viu o "Diós" Diego Armando Maradona subir ao Olimpo do futebol. 

    As novidades e a campanha brasileira

    A Copa de 1986 recebeu todos os campeões do mundo. A ausência mais sentida foi a da Holanda, que já não tinha mais os craques vice-campeões anos antes. Canadá, Iraque e Dinamarca foram as novidades. 

    Sem surpresas, canadenses e iraquianos acabaram eliminados na primeira fase, sem ponto algum, mas os dinamarqueses chegaram cercados por alguma expectativa pela presença do "Rei Dinamarquês" Michael Laudrup e pela grande campanha na Eurocopa de dois anos antes (até a semifinal). 

    A Dinamarca avançou de fase em primeiro lugar no grupo com Alemanha e Uruguai, mas acabou goleada pela Espanha nas oitavas de final por 5 a 1. Espanha que, por sua vez, avançou em segundo no grupo dominado pelo Brasil. A seleção brasileira estava longe de ser o time que encantou o mundo em 1982, mas tinha muita qualidade. 

    Na primeira fase, foram três vitórias do Brasil, com brilho de Sócrates e Careca. Nas oitavas de final, grande atuação no Jalisco e goleada por 4 a 0 em cima da Polônia (Sócrates e Careca voltaram a marcar). 

    O Brasil acabou sucumbindo nas quartas para um eterno carrasco em Copas: a França. As seleções empatavam em 1 a 1 quando Zico, faltando 15 minutos para o fim, parou em Bats em cobrança de pênalti. O classificado foi decidido nas penalidades máximas, e Sócrates e Júlio César desperdiçaram suas cobranças. Os franceses avançaram de fase. Em entrevista para oGol, Zico relembrou o pênalti perdido. 

    "Considero que não foi ali que o Brasil perdeu. Perder um pênalti é como tomar um frango, como escorregar e o adversário fazer o gol, como perder gol sem goleiro. É uma chance perdida, não quer dizer que o Brasil foi eliminado por conta disso. Foi eliminado porque foi incompetente na hora da disputa de pênaltis. E eu ainda bati de novo. Sem dúvida, poderia chegar o Telê e dizer: 'Pô, já perdeu um, não vai bater outro'. Mas não, falei: 'Pode contar comigo e eu bato'. E foi o que aconteceu. São coisas que estão escritas no futebol". 

    Só há uma vaga no Olimpo 

    Se para os brasileiros aquela Copa ficou marcada pelos pênaltis perdidos, para o fã do bom futebol a Copa foi um momento único, foi onde se pôde ver o melhor de Diego Armando Maradona, um dos maiores da história do futebol. 

    Aquela Copa foi um verdadeiro Tango para os argentinos, que avançaram em primeiro na fase de grupos deixando para trás a Itália, e nas oitavas de final superaram o Uruguai por 1 a 0 em um clássico com o melhor da rivalidade sul-americana. 

    Nas quartas de final, um dos jogos mais memoráveis da história das Copas. A Inglaterra tinha um timaço, com destaque para o artilheiro Gary Lineker, o principal goleador daquela Copa. A Albiceleste tinha Maradona. E foi o suficiente. 

    No dia 22 de junho, o Azteca viu um dos jogos mais espetaculares do futebol. E 100 e tantas mil pessoas foram pouco para fazer jus ao espetáculo em campo, digno de filme. 

    Foi neste jogo que Maradona usou La Mano de Diós para superar Peter Shilton e marcar para os argentinos. E foi também nesta partida que Diego foi Diós com os pés, arrancando desde o meio-campo para fazer um dos gols mais geniais da história das Copas. 

    Depois daquela partida, não havia nenhuma dúvida de quem venceria aquela Copa. Nas semifinais, Maradona venceu duas vezes o grande goleiro Pfaff e os argentinos derrubaram a Bélgica. 

    A decisão foi entre Argentina e a Alemanha, que derrubou a França em uma grande semifinal. A peleja decisiva foi disputada no dia 29 de junho, no Azteca, e foi apitada pelo brasileiro Romualdo Arppi Filho. 

    Os alemães tinham um senhor time e fizeram um jogo duro. Lothar Matthäus, Brehme, Rudi Voller e Rummenigge não foram suficiente para parar a Argentina de Maradona.

    Cada lado já havia marcado duas vezes (Voller e Rummenigge para os alemães, Brown e Valdano para os argentinos) e a partida parecia estar com a prorrogação certa. Mas, já perto do fim, com um tapa na bola, Maradona deixou Jorge Burruchaga na cara do gol. O camisa 7 avançou e tirou do goleiro para proclamar que a Argentina era, uma vez mais, campeã do mundo. O Olimpo recebeu Diego Armando Maradona. 

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