Siga o canal do youtube do ogol.com.br
bet365
História das Copas
Copas do Mundo

Copa do Mundo 1998: o drama brasileiro e o primeiro título francês

Texto por ogol.com.br
l0
E0

A Copa do Mundo de 1998 era cercada por expectativa no Brasil. Atual campeão do mundo, e com o melhor jogador do mundo na época, o time de Zagallo era favorito para conquistar o Mundial. Mas a dona da casa, a França, atropelou os brasileiros em uma final com lembranças amargas por aqui. 

Aquela Copa foi a primeira disputada por 32 seleções, divididas em oito grupos de quatro. As duas melhores se qualificariam para as oitavas. É o formato que nos acostumamos ver o torneio. 

Se por um lado o Uruguai foi o único campeão mundial que não esteve presente, a Copa recebeu países das três Américas, da Europa, da África e da Ásia, com quatro estreantes: África do Sul, Croácia, Jamaica e Japão. 

Um Brasil cercado de expectativa

Campeã nos Estados Unidos quatro anos antes, a seleção brasileira foi para a França sem o grande nome da conquista do tetra: Romário acabou cortado por lesão. O Baixinho chorou na entrevista do anúncio do corte, e contestou a decisão de Zagallo. 

Se não tinha Romário, a seleção tinha Ronaldo, eleito o melhor jogador do mundo em 1997. O craque estava em alta e prometia comandar a seleção rumo ao penta (o que só se confirmou anos mais tarde). 

O primeiro jogo da Copa foi no maior estádio construído para aquele Mundial, o Stade de France. O Brasil sofreu, mas venceu a Escócia por 2 a 1, com um gol de César Sampaio e um contra de Boyd. 

A campanha brasileira na primeira fase esteve longe de ser brilhante, com um 3 a 0 sobre Marrocos (Ronaldo, Rivaldo e Bebeto marcaram) e derrota para a Noruega (2 a 1), mas a vaga nas oitavas foi garantida com a liderança da chave. 

Os meninos franceses

A seleção francesa, comandada por Aimé Jacquet, avançou com facilidade em seu grupo, aproveitando a fragilidade de adversários como África do Sul e Arábia Saudita e superando a Dinamarca, que avançou em segundo. 

A primeira fase francesa ficou marcada também pelo aproveitamento dos jovens Henry e Trezeguet, lançados aos 19 anos pelas ausências de Guivarc’h e Dugarry. O ponto negativo foi a expulsão de Zidane, que agrediu um adversário saudita e foi suspenso até as quartas de final. 

A vitória francesa sobre a Arábia Saudita, por 5 a 0, ficou marcada também por outro fato: Carlos Alberto Parreira, campeão com o Brasil quatro anos antes, se tornou o primeiro técnico demitido durante um Mundial. 

No grupo B a Itália avançou junto com o Chile, de Salas e Zamorano (os chilenos se classificaram só com empates); no E seguiram Holanda e México; no F as favoritas Alemanha e Iuguslávia; no G Romênia e Inglaterra e no H Argentina e a estreante Croácia. 

O grupo D foi um dos mais fortes, com a Espanha, a Nigéria (campeã olímpica), o Paraguai (de Chilavert e Gamarra) e a Bulgária (semifinalista quatro anos antes). Sul-americanos e africanos conseguiram superar os europeus para avançar. 

Jogaços no mata-mata 

A fase de mata-mata da Copa do Mundo ficou marcada com jogaços inesquecíveis. Nas oitavas, mais um épico encontro entre ingleses e argentinos. A Inglaterra foi valente, mesmo depois da expulsão de David Beckham, mas acabou eliminada pela Argentina nos pênaltis. 

Nas quartas, os argentinos acabaram derrubados pela Holanda, enquanto a França passou nos pênaltis diante da Itália e a Croácia, com um surpreendente 3 a 0, derrubou a Alemanha em uma das maiores zebras daquela Copa. 

O Brasil mostrou força e também sorte no mata-mata. Derrubou o Chile com um categórico 4 a 1, com dois de César Sampaio e dois de Ronaldo; derrubou a Dinamarca dos irmãos Laudrup (3 a 2, com brilho de Rivaldo e Bebeto); e desbancou a Holanda nos pênaltis, com a estrela de Taffarel. 

Apesar da valentia de Davor Suker, a Croácia acabou eliminada e a adversária do Brasil na grande decisão foi a França, no dia 12 de julho no Stade de França. 

O drama brasileiro e o primeiro título francês

A final daquela Copa começou bem antes do apito inicial. Antes do encontro, depois do almoço, Ronaldo, o Fenômeno, resolveu tirar um cochilo. Acordou rodeado pelos companheiros e pelo médico Lídio Toledo. Ronaldo teve uma convulsão. 

A decisão de Zagallo foi de tirar Ronaldo do time, e na escalação o ataque tinha Edmundo. Mas Ronaldo conversou com o técnico e pediu para jogar. Como negar o pedido do melhor do mundo?

Só que Ronaldo não foi o mesmo, e nem a seleção brasileira. Apesar de algumas chances no começo da partida, o Brasil estava tenso, e os Azuis souberam aproveitar bem. 

Roberto Carlos fez a primeira lambança do dia e cedeu um escanteio para os franceses em corte displicente. A jogada custou caro: Zinedine Zidane aproveitou a cobrança para abrir o placar para os donos da casa. 

Ainda antes do intervalo, mais um escanteio na área e mais um gol de Zidane. Mesmo com um a menos depois da expulsão de Marcel Desailly, a França conseguiu o terceiro gol com Petit e levantou, pela primeira vez na história, com o capitão Didier Deschamps, a Copa do Mundo. 

Comentários (0)
Quer comentar? Basta registrar-se!
motivo:
EAinda não foram registrados comentários…
Links Relacionados
Competição