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      Jardel, o Supermário

      Texto por Carlos Ramos
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      "Já na barriga da minha mãe eu não dava chute, dava era cabeçada". Assim foi o início da relação entre Jardel e o futebol, brincou certa vez o ex-atacante em entrevista para oGol. Não podemos duvidar que, de fato, tenha sido assim, tamanha a perspicácia do cearense no jogo pelo alto. 

      Jardel começou, de fato, a jogar futebol nas ruas de Fortaleza. No Montese, bairro da cidade, o menino deu os primeiros chutes e, também, as primeiras cabeçadas. Jardel era goleiro, "e dos bons", mas foi crescendo, crescendo... 

      Na base do Ceará, já era um centroavante nato. No Ferroviário, começou entre os profissionais, chamando a atenção de quem estava bem longe. O Vasco resolveu o levar para o Rio de Janeiro, e lá o atacante estourou para o futebol. 

      Após, no início, pensar em desistir, por conta da saudade da família e de um desentendimento com o técnico Jair Pereira, Jardel foi convencido por Eurico Miranda a seguir na Colina. Mostrou-se importante para o time, foi o terror dos rivais e acabou tricampeão carioca, entre 1992 e 1994.  

      Em 1995, Jardel se mudou para o Grêmio, e viveu, segundo o próprio jogador, sua grande fase no futebol brasileiro. Sob o comando de Luiz Felipe Scolari, e aproveitando os cruzamentos do paraguaio Arce e a dupla com Paulo Nunes, o atacante foi campeão da Libertadores e bicampeão gaúcho. 

      "Naquele time de 1995, a gente dançava igual música. O time quando encaixa e todo mundo tem um objetivo só... Ganhamos dois Gaúchos, Libertadores, Recopa, fomos à final contra o Ajax, aquela seleção deles. Batemos de frente e perdemos nos pênaltis. Com Paulo Nunes, o Arce...", recordou o ex-atacante. 

      Ídolo em Porto Alegre, Jardel acabou negociado com o futebol europeu, e o que o esperou em Portugal foram mais anos de glória. No Porto e em Lisboa, o nome de Jardel nunca será esquecido, já que o brasileiro foi ídolo por Dragões e Leões. 

      Com a camisa do Porto, foi tricampeão português e artilheiro do Campeonato Português quatro anos seguidos. Na temporada 1998/99, foi o Chuteira de Ouro na Europa, superando todos os outros artilheiros do continente. Voltaria a ser campeão português, Chuteira de Ouro e artilheiro do Português anos mais tarde, com a camisa do Sporting. 

      Apesar de tamanha idolatria em Portugal, Jardel nunca jogou uma Copa do Mundo. "Um jogador que foi artilheiro da Europa e do mundo não ir para uma Copa do Mundo... Isso aí marcou muito a minha carreira", lamenta até hoje. Jardel fez dez jogos e um gol com a camisa da seleção. 

      O Supermário, como ficou conhecido, teve problemas com as drogas e a depressão na reta final da carreira. Pouco jogou com Sam Allardyce no futebol inglês, quando defendeu o Bolton. Rodou o mundo em clubes da Argentina, Chipre, Austrália, Bulgária e Arábia Saudita, onde encerrou a carreira, segundo o mesmo, "um pouco desgostoso". Mas fiquemos com a imagem de Jardel no auge, no ápice, no alto, ganhando de qualquer zagueiro do mundo. Afinal, era o Supermário. 

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      Mário Jardel (BRA)
      Mário Jardel (BRA)
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