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    Philipp Lahm: o gênio polivalente

    Texto por Vasco Sousa
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    Philipp Lahm foi um dos mais carismáticos capitães do Bayern e da seleção alemã e um dos mais respeitados jogadores mundiais do início do Século XXI, um verdadeiro símbolo de uma geração marcante do clube bávaro e do futebol alemão.

    Nascido em Munique, desde cedo começou a jogar futebol no Gern Munique, equipe local, e chegou ao gigante bávaro, o Bayern, com 11 anos de idade. Depois de vencer a Bundesliga como junior por duas vezes, foi promovido ao time B, onde mostrava duas das armas com que ficaria marcado no mundo do futebol: a inteligência e a polivalência.

    O início da carreira

    Em 2002, o jovem Lahm estreou pela equipe principal do Bayern, lançado por Ottmar Hitzefeld, logo em duelo contra o Lens pela Champions. Esse foi, ainda assim, o seu único jogo pela equipe principal naquela temporada, o que acabou o rendendo um empréstimo ao Stuttgart.

    Chegou ao novo clube com 19 anos e como lateral-direito. Acabou por ser, porém, na lateral-esquerda que se impôs na equipe, já que na direita jogava Hinkel, atleta de seleção. Felix Magath, grande nome do futebol alemão, adaptou-o na lateral-esquerda, e Lahm rapidamente se destacou. Defensivamente forte, também apoiava o ataque, procurando o centro e cruzando ou arrematando com o pé direito.

    A sua adaptação ao lado esquerdo da defesa foi tão boa e tão rápida que Lahm chegou à seleção alemã e foi titular na Eurocopa de 2004, com apenas 20 anos. Apesar da boa temporada e da titularidade na seleção, Lahm continuou emprestado pelo Bayern ao Stuttgart mais uma temporada, mas já não havia dúvidas que estava destinado a conquistar espaço no clube bávaro.

    Munique, a sua casa

    Regressou a Munique em 2005/06 e reencontrou Felix Magath. A história tinha tudo para ser feliz, e foi. Apesar das dificuldades iniciais (tinha se lesionado no Stuttgart e ainda não estava a 100% quando voltou ao clube), mal esteve apto e já ganhou a titularidade no Bayern, que manteria até ao final da carreira.

    Ao todo, foram 12 temporadas de Lahm no Bayern. Começou por jogar como lateral-esquerdo, mas com as constantes lesões de Sagnol, acabou por se estabelecer como lateral-direito e, com Guardiola, passou a ser utilizado como meia. Pep via em Lahm a inteligência necessária para dominar o meio-campo do time. 

    Em trecho do livro Guardiola Confidencial, de Marti Perarnau, Roman Grill, representante de Lahm que o acompanhou desde cedo na carreira, chegou a declarar: “A verdade é que pensei: 'até que enfim um técnico encontrou o lugar natural de Philipp'". 

    Fosse qual fosse a posição ocupada em campo, Lahm cumpria com perfeição. Raros foram os jogos em que a sua exibição foi considerada negativa. No clube bávaro, tornou-se uma referência histórica. Capitão do time a partir de 2011, foi comandado por grandes nomes, como van Gaal, Heynckes, Guardiola e Ancelotti.

    Conquistou oito títulos da Bundesliga, tornando-se um dos jogadores com mais conquistas na competição. Mas era o título europeu que mais ambicionava, e o caminho para a vitória na Champions foi muito difícil. O Bayern perdeu a final da competição para a Inter, em 2010, e sofreu uma das maiores desilusões da sua história dois anos depois. Em plena Allianz Arena, o Bayern perdeu dramaticamente a final para o Chelsea, nos pênaltis, apesar de ter sido superior nos 120 minutos de jogo.

    Foi em 2013 que, finalmente, o Bayern e Lahm se sagraram campeões da Europa. Em Wembley, numa final 100% alemã, o Bayern bateu o Dortmund por 2 a 1, e Philipp Lahm levantou a “orelhuda”. Foi uma época de sonho para o Bayern, que venceu a Bundesliga, a Copa da Alemanha e a Champions, na chamada tríplice coroa.

    Nas quatro temporadas seguintes, o Bayern caiu nas semifinais do torneio por três vezes, enquanto dominou sem dificuldades a Bundesliga.

    Da desilusão em Portugal à euforia no Rio de Janeiro

    A Eurocopa de 2004, a primeira grande competição em que Lahm participou, não correu nada bem para a Alemanha, que caiu logo na fase de grupos. Mas o jovem alemão aproveitou a oportunidade e continuou como opção da seleção, sendo titular na Mannschfat durante uma década.

    Marcou o primeiro gol da Copa de 2006, disputada na Alemanha, competição em que os alemães terminaram no terceiro lugar, classificação que foi vista como bastante positiva pelos torcedores, que depositavam pouca confiança na equipe. Depois, marcou o gol decisivo para o país bater a Turquia nas semifinais da Euro de 2008 e foi titularíssimo na Copa de 2010 e na Euro 2012. Antes do Mundial na África do Sul, e com a lesão sofrida por Ballack, ganhou a braçadeira de capitão da seleção.

    No Brasil, em 2014, Lahm participou do seu último torneio. Começou a competição no meio, posição que ocupou durante quase toda a temporada no Bayern. A partir das quartas de final, voltou para a lateral-direita. Brilhou no trágico (para nós) 7 a 1 do Mineirão, com duas assistências. No Rio de Janeiro, foi ele quem levantou a taça do tetracampeonato da Alemanha.

    Depois da Copa, Lahm surpreendeu ao anunciar a aposentadoria da seleção, ainda com 30 anos. No Bayern, continuou mais três anos, terminando a carreira aos 33 anos, com mais de 700 jogos realizados.

    Com um total de 22 títulos e mais de 100 jogos pela seleção, Lahm é uma figura histórica do futebol alemão e um dos nomes mais respeitados do futebol mundial. Respeito que vem também do seu fair-play: terminou a carreira sem qualquer expulsão.

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    Philipp Lahm (GER)

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