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    Romeu: o craque que descobriu que era a bola que tinha que correr

    Texto por ogol.com.br
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    Ídolo em Palmeiras e Fluminense, Romeu Pellicciari, ou simplesmente Romeu, foi um dos grandes jogadores da história do futebol brasileiro, com passagem marcante também na seleção. 

    Romeu nasceu em Jundiaí no dia 26 de março de 1911. Era filho de seu Humberto e de dona Ida Pellicciari. A família italiana cresceu em Jundiaí: Romeu foi apenas um dos dez filhos do casal. 

    Foi com a grande família que Romeu começou na bola: com Radamés, irmão mais velho, e os primos, fundou um time para começar a jogar. Foi no chamado Barranco FC que deu os primeiros chutes. 

    Romeu, a seguir, passou a jogar no São João, time da região de Jundiaí. Foi lá que Bertolini, ex-jogador do Palmeiras, o viu e logo o levou ao Palestra Itália. 

    Romeu não precisava correr muito para fazer a diferença. Era genial nos passes, inteligente para achar os espaços no campo e eficiente nos arremates. 

    Em um esporte que começou a escrever sua história com grande ênfase ao vigor físico, Romeu foi o craque que descobriu que era a bola que tinha que correr. Até porque velocidade não era o forte do paulista.

    Romeu estreou em 1930 pelo Alviverde e logo em um clássico contra o Corinthians. O meia-atacante marcou um dos gols da goleada palmeirense por 4 a 0. 

    Romeu só foi perder seu primeiro jogo oficial no Verdão em 1931 e em 1932 conquistou seu primeiro título paulista, com direito a uma goleada de 8 a 0 sobre o Santos. Romeu foi, pela primeira vez, o artilheiro da competição. 

    Por falar em 8 a 0... No dia cinco de novembro de 1933, Romeu teve sua grande atuação da carreira. Em um dérbi histórico, o Palmeiras goleou o Corinthians por 8 a 0, maior goleada do clássico. 

    Romeu foi o grande protagonista daquele jogo: além de quatro gols (três deles ainda no primeiro tempo), deu duas assistências. O jogo valia pelo Rio-São Paulo e pelo Paulista. 

    Naquele ano, o Palestra voltou a ser campeão paulista, assim como no ano seguinte, e levou ainda o Rio-São Paulo. Romeu voltou a ser artilheiro do Paulista, mas a despedida estava perto. 

    Ídolo também nas Laranjeiras

    Em 1935, Romeu partiu para o Rio de Janeiro para vestir as três cores do Fluminense. Nas Laranjeiras, também escreveu uma história de idolatria. 

    No Rio de Janeiro, Romeu ficou marcado por jogar sempre com uma touca e também por ganhar peso facilmente. Relatos da época dão conta que o atacante chegou a ficar todo coberto, no meio do gramado das Laranjeiras, durante horas para perder peso. Uma espécie de sauna natural no verão carioca... 

    Sua categoria continuou afinada e Romeu virou um grande ídolo tricolor. Comandou o Flu em um dos grandes momentos da história do clube, com direito a um tricampeonato carioca e depois um bicampeonato. 

    "Romeu passava meses sem errar um passe", dizia a imprensa da época. O grande desempenho o levou, também, a vestir a camisa da seleção brasileira. 

    Romeu foi titular do Brasil na Copa de 1938. Foi a primeira grande campanha brasileira em Copas. Romeu foi protagonista, com grandes atuações naquele Mundial. 

    Na estreia, contra a Polônia, marcou um dos gols na incrível vitória brasileira por 6 a 5. Com Leônidas, Romeu levou o Brasil até a semifinal, contra a Itália. 

    Marcou também naquele jogo, mas os italianos acabaram chegando na final. Romeu acabou a Copa com três gols. Voltou para as Laranjeiras e seguiu até 1942. 

    Foi quando voltou para a sua "casa" a pedido da mãe, que havia ficado viúva. No Palestra Itália, conquistou mais um título paulista pelo clube. Depois, seguiu para o Comercial, onde encerrou a carreira na metade da década. 

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