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    (Vai que é tua) Taffarel!

    Texto por Carlos Ramos
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    Não dá para falar Taffarel sem, na cabeça, ouvir o grito de "Vai que é tua, Taffarel!". Para quem acompanhou os jogos da seleção durante a década de 1990, as defesas de Taffarel ficaram marcadas. Principalmente na Copa do Mundo de 1994... Mas antes de chegarmos a isso, Taffarel ainda teve de lutar muito no interior gaúcho. 

    Natural de Santa Rosa, Taffarel começou a carreira aos 17 anos no Tupi de Crissiumal, no interior. Tentou a sorte nos gigantes do Estado, mas, em um primeiro momento, foi reprovado tanto no Grêmio quanto no Internacional. Só foi aprovado na terceira tentativa, e no Colorado. 

    O menino Cláudio, que foi campeão mundial no S17 com a seleção brasileira, não demorou a conquistar seu espaço no time, e foi titular em campanhas que levaram o clube a dois vice-campeonatos nacionais. Taffarel foi, no Inter, um "azarado", já que perdeu todas as finais que disputou, inclusive cinco para o Grêmio no Campeonato Gaúcho. 

    A fama se confirmou também na seleção. Após boa campanha nos Jogos Olímpicos de 1988, em Seul, com Taffarel em destaque, o Brasil acabou com a medalha de prata, perdendo a final para a União Soviética , por 2 a 1. 

    Em 1989, enfim o goleiro foi campeão. Taffarel sofreu apenas um gol na campanha que garantiu o título da Copa América para a seleção brasileira. O goleiro segurou a Argentina, de Maradona, e o Uruguai, de Francescoli. 

    A Itália para Taffarel

    A experiência de Taffarel com o futebol italiano começou em 1990. Dessa vez, o goleiro não segurou Maradona e companhia, e o Brasil caiu nas oitavas de final daquela Copa para os "Hermanos", em Turim. Só que Taffarel seguiu na Itália, para defender primeiro o Parma, e depois o Reggiana. 

    Na primeira temporada, o goleiro sofreu apenas 30 gols em 34 jogos do Campeonato Italiano. Com a quarta melhor defesa, o Parma terminou em sexto lugar, com vaga na Liga Europa. Na temporada seguinte, Taffarel sofreu apenas 28 gols em 34 jogos na Serie A. O Parma foi novamente o quarto melhor sistema defensivo, mas, dessa vez, terminou em sétimo. O clube, porém, foi campeão da Copa. 

    Na terceira temporada, Taffarel perdeu espaço para Ballotta e viu, do banco, o Parma conquistar a Recopa da Europa. O brasileiro acabou emprestado pelo Reggiana, e conseguiu manter o time na primeira divisão em 1994. Mas naquele ano, Taffarel teria uma experiência diferente com a Itália. 

    Era ano de Copa do Mundo. E o Brasil, aos trancos e barrancos, se classificou. Na Copa, Romário ia resolvendo na frente, e Taffarel segurando tudo atrás. Foram cinco jogos naquela Copa sem sofrer gol. E com belas defesas. Surgiu o "Vai que é tua, Taffarel!", grito de Galvão Bueno, narrador que marcou aquela campanha com seus gritos na TV Globo. 

    O grito foi mais forte na final. Com apenas três gols sofridos no Mundial, Taffarel se viu indo para a decisão de pênaltis contra a Itália após 0 a 0 no tempo normal. "Vai que é tua, Taffarel!". Taffarel foi, e pegou o chute de Massaro. Depois, viu Baggio errar o alvo, e correu para o abraço para comemorar o tetracampeonato mundial da seleção brasileira. 

    A volta ao Brasil e outra Copa 

    Depois da Copa, Taffarel voltou ao Brasil. Foi recebido com festa em Belo Horizonte e conseguiu boa passagem pelo Atlético Mineiro, sendo campeão mineiro e da Copa Conmebol, os primeiros (e únicos) títulos do goleiro por clubes no Brasil. 

    Foram 177 jogos em três anos e meio pelo Galo. Taffarel seguiu, então, parte da seleção brasileira, e voltou a ser campeão em 1997, da Copa América, brilhando na semifinal nos pênaltis, com defesas contra a rival, Argentina. 

    Em 1998, Taffarel foi para outra Copa e, mais uma vez, se destacou nos pênaltis. Na semifinal, pegou duas cobranças e ajudou o Brasil a derrubar a Holanda. Mas na final, nada conseguiu fazer contra Zinedine Zidane, e a França acabou campeã do mundo. Foi o fim de uma história de 101 jogos pela seleção, com dois títulos de Copa América e uma Copa. 

    Depois, Taffarel ainda brilhou no Galatasaray, da Turquia, onde conquistou dois Campeonatos Turcos, duas Copas da Turquia, uma Liga Europa e uma Supercopa da Europa contra o Real Madrid. Até hoje, Taffarel é lembrado como grande ídolo em uma das grandes equipes turcas da história (que tinha também Hagi e Mário Jardel). 

    O goleiro ainda voltou para o Parma, onde substituiu Buffon, que havia ido para a Juventus. Como titular, conquistou mais uma Copa da Itália, e encerrou a carreira em 2002. Anos mais tarde, Taffarel ainda reencontrou o Galatasaray e a seleção brasileira como treinador de goleiros. 

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    Claudio Taffarel (BRA)
    Claudio Taffarel (BRA)

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