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Brasil 3x0 Espanha: Réquiem para a Fúria

Texto por Eduardo Massa
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O Brasil vivia uma sensação mista durante a Copa das Confederações de 2013. De um lado, a revolta e os protestos por todo o país com a preocupação pelos gastos milionários e superfaturados nas obras para a Copa do Mundo. Do outro, a crescente euforia com a proximidade da Copa, que aumentou com o desempenho animador da seleção comandada por Luiz Felipe Scolari ao longo do torneio.

A euforia brasileira para receber a Copa do Mundo de 2014 chegou ao seu ponto máximo no dia 30 de junho de 2013, no Maracanã, quando 73 mil pessoas compareceram para assistir Brasil x Espanha, a final da "Copa das Manifestações". O jogo considerado um verdadeiro teste para a seleção de Felipão, que tinha entrado no torneio desacreditada e pressionada pelos fracassos recentes, e vinha dando respostas em campo. O rival, a grande potência dos anos anteriores, a Fúria campeã de 2010 e bicampeã europeia em 2008 e 2012.

Um ponto final para a geração de ouro da Espanha

É praticamente impossível dizer que um rival entra como favorito contra o Brasil, ainda mais quando o maior campeão mundial joga em sua casa, em pleno Maracanã. Mas do outro lado estava uma Espanha praticamente imbatível. A Fúria não perdia um jogo desde 2011, em amistoso contra a Itália, e não era derrotada em partidas de competições oficiais desde 2010, em 1 a 0 para a Suíça que nada mudou de significativo na trajetória campeã na África do Sul.

No time titular da Espanha, apenas três mudanças em relação à equipe da final da Eurocopa de 2012, a mesma que goleou a Itália sem dó, por 4 a 0. Do lado brasileiro, uma série de jogadores questionados, em busca de afirmação, como Paulinho, Hulk e Fred, e um Neymar ainda sem se firmar como protagonista capaz de levar a seleção a títulos importantes.

Apesar da desconfiança, a superioridade brasileira ficou evidente quase de imediato. No segundo minuto de jogo, Fred e Neymar disputaram bola na pequena área contra dois defensores da Fúria. Ninguém conseguiu o domínio e, mesmo caído, o centroavante foi mais rápido que Piqué na sobra e empurrou para as redes.

Paulinho, Oscar, Neymar e Fred tiveram chances para ampliar a diferença, com domínio absoluto brasileiro. No entanto, não fosse intervenção de David Luiz em cima da linha em finalização de Pedro, a Espanha poderia ter mudado a história da partida com o empate.

Antes do fim do primeiro tempo, Neymar tabelou com Oscar e, sem ângulo e com a canhota, bateu forte, entre Casillas e a trave. O principal jogador brasileiro fazia a sua parte ampliando a diferença para 2 a 0, um placar justo pelo futebol apresentado pelas equipes.

Fred encerrou qualquer chance de reação logo na abertura da segunda parte, com o 3 a 0 em chute cruzado, depois de jogada trabalhada que passou pelos pés de Hulk e Neymar no ataque. Um verdadeiro espetáculo verde e amarelo.

A Espanha ainda teve a chance de fazer o gol de honra em pênalti cometido por Marcelo em Navas. Acostumado a brilhar em momentos decisivos, Sergio Ramos foi para a cobrança e desperdiçou.

O massacre do Brasil foi muito comemorado, mas a grandeza da vitória seria ofuscada no ano seguinte pelo maior vexame da história da seleção. Ao revisitarmos a partida, o que sobra é um gosto melancólico de um título que para muitos nos deixou iludido quanto à qualidade da equipe comandada por Scolari, e de uma goleada que marcou o fim da melhor Fúria de todos os tempos.

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U Domingo, 30 Junho 2013 - 19:00
Estádio Jornalista Mário Filho (Maracanã)
Björn Kuipers
3-0
Fred 2' 47'
Neymar Jr. 44'