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      Flamengo 2 x 0 Cobreloa: O dia em que Zico levou o Fla ao topo da América

      Texto por Ryann Gomes
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      ,Catimba, talento, nervos à flor da pele. O duelo entre brasileiros e chilenos foi considerado um dos mais tensos da história da Libertadores. A violência poderia ter manchado a decisão, mas havia um camisa 10 chamado Arthur Antunes Coimbra, conhecido e consagrado como Zico, que fez o talento sobressair à truculência e levou o Flamengo ao topo do continente.

      Para contextualizar, vale lembrar que a final da Libertadores de 1981 foi disputada em três partidas. Na primeira, em um Maracanã pulsante, o Rubro-Negro venceu, com dois gols de Zico, o Cobreloa pelo placar de 2 a 1. No jogo de volta, em Santiago, no Chile, o time da casa, capitaneado por Mario Soto, desceu o 'sarrafo' nos flamenguistas e, após inúmeros atos de violência explícita em campo, conseguiu a vitória pelo placar mínimo.

      Como, à época, não existia o 'gol fora' como critério de desempate e nem a disputa por pênaltis, um terceiro duelo foi marcado para um campo neutro. O Estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai, foi o palco escolhido.

      Para o jogo desempate, o Flamengo, além de motivado, estava irado, por conta das agressões que sofrera dias antes. O 'sangue nos olhos' do time brasileiro ficou perceptível assim que bola rolou em solo uruguaio.

      O amplo domínio rubro-negro foi minando a paciência dos chilenos. O resultado? Já na primeira etapa, a equipe da Gávea abriu o placar com Zico, sempre ele, e, ainda por cima, forçou a expulsão de Jiménez e Alarcón, desmontando completamente o esquema montado pelo Cobreloa. Para tentar 'equilibrar' as coisas, a arbitragem também mandou Andrade para o chuveiro mais cedo.

      Na etapa final, o Esquadrão de Zico, à frente do placar e com um jogador a mais, deu um verdadeiro baile no adversário, não permitindo que 'os gringos' enxergassem a cor da bola. 

      E é claro que o camisa 10 da Gávea, um dos grandes responsáveis pela grande campanha do Flamengo, queria mais. Aos 34 minutos da etapa complementar, o Galinho de Quintino deu, com requintes de crueldade, mais um toque de classe. Bastou uma cobrança de falta na entrada da área para Zico marcar um golaço e colocar o Rubro-Negro no topo da América: 2 a 0!

      Mas não parou por aí. Já ouviu o ditado 'a vingança é um prato que se come frio?' Pois bem... faltando poucos minutos para o fim da partida, Carpegiani, técnico do Esquadrão, chamou Anselmo, até então pouco utilizado, para entrar em campo e executar uma única missão: 'Entra lá e dá uma porrada no cara', disse o comandante. O 'cara' a quem se referia o comandante flamenguista era Mario Soto, meio-campista responsável por comandar as inúmeras agressões dos jogadores do Cobreloa durante as partidas.

      Dito e feito. Anselmo entrou no jogo, correu em direção a Soto e desferiu um soco certeiro no capitão chileno, antes de sair em disparada. O árbitro não percebeu a agressão, mas o jogador do Fla não passou despercebido dos olhos do assistente. A confusão foi generalizada, mas o objetivo foi alcançado: o Flamengo 'deu o troco' e, de quebra, conquistou o primeiro título de Libertadores de sua história.

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      jogos históricos
      U Domingo, 22 Novembro 1981 - 21:00
      Centenario
      Giuliano Cerullo
      2-0
      Zico 17' 74'
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      Estádio
      Centenario
      Centenario
      Uruguai
      Montevideo
      Lotação60235
      Medidas-
      Ano de Inauguração1930