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O 'Mestre' Telê Santana

Texto por ogol.com.br
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Em lista de 2019, a renomada revista francesa France Football nomeou os 50 maiores treinadores da história do futebol. Só houve um brasileiro na lista: Telê Santana. E a vitoriosa carreira do mineiro explica isso. 

Natural de Itabarito, Telê Santana da Silva fez carreira como jogador no Rio de Janeiro. Foi ídolo no Fluminense, conquistando o Carioca duas vezes, o Rio-São-Paulo outras duas e uma a Copa Rio. Tinha o apelido de Fio de Esperança e muito fez sorrir os torcedores cariocas. 

Jogou ainda no Guarani, de Campinas, no Madureira e no Vasco, onde encerrou a carreira em 1963. Apesar de ter se colocado como um dos grandes ídolos da história do Fluminense em campo, Telê deixou mesmo sua marca no futebol como treinador. 

O Mestre Telê

Foi mesmo nas Laranjeiras que Telê iniciou sua trajetória como técnico. Se já havia sido ídolo como jogador vestindo a camisa tricolor, Telê entrou para a história também como técnico do Flu, conquistando o Carioca logo em seu primeiro ano de clube. 

Telê montou a base do time tricolor campeão do Roberto Gomes Pedrosa em 1970, mas só teria a alegria de levantar seu primeiro Brasileiro no ano seguinte, em 1971, sendo campeão nacional com o Atlético Mineiro, clube com o qual já havia conquistado o Mineiro. 

Telê era campeão sendo perfeccionista. Queria o máximo desempenho de seus jogadores, cobrava a cada treinamento os fundamentos perfeitos. Queria o melhor para ser o melhor. E, muitas das vezes, conseguia. Por isso, passou a ser chamado de Mestre. 

Não conseguiu sucesso em sua primeira passagem no São Paulo, e nem quando comandou o Botafogo. No Sul, deu de volta ao Grêmio o Campeonato Gaúcho. Comandou ainda o Palmeiras antes de receber uma convocação: ser o técnico da seleção brasileira. 

E aí, Telê provou mesmo ser Mestre. Formou um dos maiores times da história do futebol. Ganhou os torcedores com atuações de gala. Preservou a técnica do time brasileiro, mas acabou derrotado pela tática italiana na Copa de 1982. 

Voltaria a assumir o Brasil para o Mundial seguinte, após passagem pelo futebol árabe. A seleção de Telê já não dava aula de futebol. Na verdade, sofria para vencer e avançar. Sofreu e avançou até onde deu. Até que os pênaltis fizeram avançar a França, de Platini, e eliminaram Telê. De novo. 

O técnico teve um período decadente após aquela Copa. No Atlético, no Fluminense e também no Palmeiras. Mas quando voltou ao Morumbi, tudo conspirou para o sucesso. O Mestre reapareceu, encontrou o elenco perfeito e moldou um dos grandes times da história do São Paulo. 

Telê voltou ao Morumbi em 1990, e em 1991 superou o surpreendente Bragantino para se sagrar campeão brasileiro. Telê passou a ficar quase 24h por dia no Morumbi, e, com seu perfeccionismo, criou uma máquina de jogar futebol. O resultado foram os bicampeonatos da Libertadores e do Intercontinental. Quase foi tri em 1994, mas perdeu a final para o Vélez. 

"O Telê era um cara perfeccionista, que adorava fazer trabalhos técnicos com os meninos da base. Ele gostava de melhorar sempre. As duas coisas casaram: Telê para São Paulo, o São Paulo para o Telê", destacou o zagueiro Ricardo Rocha em entrevista para oGol

Telê mudou a história dos tricolores. É, e sempre será, lembrado pelos títulos em Fluminense, Grêmio e São Paulo. Foi uma das grandes figuras da história do futebol brasileiro, que nem a falta de títulos na seleção pode contrapor ao seu sucesso. 

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