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    Rivalidades
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    Guarani x Ponte Preta: a maior rivalidade do interior brasileiro

    Texto por Ryann Gomes
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    Clássico com mais de 100 anos de história, o dérbi campineiro entre Guarani e Ponte Preta é marcado por ser uma das maiores rivalidades do Brasil e também pelo equilíbrio nos números. Historicamente, a vantagem é bugrina, mas o domínio recente pertence à Macaca.Tanto em um recorte como no outro, a diferença é mínima. 

    O primeiro clube a ser fundado foi a Ponte Preta. O início de sua história está diretamente ligado à ferrovia que ligava Campinas a Jundiaí, onda havia, nas margens dos trilhos, uma ponte revestida com madeiras escurecidas. Pouco mais de uma década mais novo, surge o que seria o maior arquirrival do Alvinegro: o Guarani. Com o nome inspirado em uma ópera do Maestro campineiro Carlos Gomes, foi fundado por jovens estudantes, descendentes de italianos.

    A história deste clássico da cidade de Campinas, interior do estado de São Paulo, já começa cercado de incertezas. No dia 24 de março de 1912, Guarani e Ponte Preta se enfrentaram pela primeira vez na história, porém, mesmo com todo esforço dos historiadores e amantes do futebol, não foi encontrado nenhum registro do resultado, que permanece desconhecido.

    Apenas dois anos depois do primeiro dérbi, o clássico já mostrava que seria para sempre de muita rivalidade. A primeira confusão aconteceu em um amistoso disputado em agosto de 1914, quando o amadorismo ainda reinava no futebol do país. O Guarani vencia por 1 a 0 quando foi marcado um pênalti a seu favor. Revoltados, os pontepretanos discordaram e ordenaram a retirada do time, dando início à confusão nas arquibancadas do campo do Distrito de Souzas. A briga ainda continuaria nas ruas de Campinas.

    Em 1948, após anos de clássico no amadorismo,a dupla campineira esteve presente no Campeonato Paulista. A Ponte Preta vislumbrava o crescimento e armou grande festa para a inauguração do estádio Moisés Lucarelli, o "Majestoso". O convidado, no entanto, não poderia ter sido mais estraga prazeres. Na visita à nova casa da rival, o Guarani venceu por 1 a 0 e impôs à equipe alvinegra uma derrota em seu primeiro jogo no recém-inaugurado estádio.

    A resposta da Macaca veio cinco anos depois. Também buscando ascensão, o Guarani construiu o Brinco de Ouro da Princesa a menos de um quilômetro do Moisés Lucarelli. Na inauguração, disputou Dérbi contra a grande rival, válido pela Taça Cidade de Campinas, e se deu mal. Com uma vitória por 3 a 0, a Ponte se vingou e impôs o revés aos alviverdes em sua primeira partida na nova arena.

    Os placares de dérbis entre Guarani e Ponte Preta costumam sempre ser apertados, mas em 1960 houve uma exceção. Jogando o amistoso em casa, o Bugre não tomou conhecimento do rival e triturou por 6 a 0, na que é até hoje a maior goleada dos mais de 100 anos de clássico. A maior derrota imposta pela Ponte ao rival foi 4 a 0, feito repetido três vezes durante os anos 1940 e 1950.

    No fim da década de 70, o clássico campineiro chegou ao seu ápice, em um dos palcos mais tradicionais do futebol brasileiro. Se enfrentando pela primeira vez no Pacaembu, o Guarani, atual campeão nacional da época, encarou a Ponte, que havia sido vice-campeã estadual. Para quase 40 mil pessoas, no maior público da história do dérbi, o Alviverde levou a melhor e venceu por 2 a 0. Essa partida contou com a presença de grandes craques como Careca e Zenon pelo Bugre, e Dicá pela Macaca.

    Entre tantos outros confrontos históricos entre as duas equipes, como a conquista do primeiro tudo do Paulista de 81, onde a Macaca superou o rival, e o 'Dérbi do século' em 2012, que foi vencido pelo lado alviverde, a história dessa rivalidade se mantém viva e é alimentada ano após ano por torcedores e amantes do futebol.

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